sábado, 17 de julho de 2010

A CAMPANHA ELEITORAL, A MÍDIA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Algo me chamou a atenção na sexta-feira. O jornal nacional, da rede Globo, simplesmente não tocou no assunto “eleições”. Para um telespectador alienado, desinformado, ou que apenas está interessado em ver notícias de tragédias e catástrofes, nada de anormal seria percebido. Contudo, como não me incluo nos perfis citados, fiquei curioso por saber se porventura nenhuma atividade de campanha teria acontecido.

Não foi preciso pesquisar muito, alguns sites da inernet já davam em suas página iniciais a ocorrência de um comício da campanha de Dilma Russef no Rio de Janeiro, na Cinelândia, que contou com a presença do presidente Lula. O primeiro que ele participa sem a tutela e a perseguição da (in)justiça eleitoral. Se informasse algo sobre a agenda dos candidatos, obrigatoriamente a Globo teria que mostrar Lula no comício da Dilma. É tudo que eles não querem.

Ficou bem nítido para mim, e espero que para outras pessoas, a tentativa da grande mídia em esconder a imagem do presidente Lula na campanha eleitoral, como forma de evitar ampliar mais ainda o percentual de votos que ele tem transferido para Dilma. Uma maneira de forçar o entendimento burlesco dos comentaristas bufões da Globo de que Lula não conseguirá transferir mais votos para sua candidata.

Mas fica também uma clara impressão de que a manipulação dos meios de comunicação será forte e que eles não se intimidarão. Ao contrário, mantém uma forte ofensiva na defesa do que eles chamam de “liberdade de expressão”. Percebe-se que essa tal liberdade tem o objetivo de desinformar o eleitor, a fim de assegurar que o candidato que a elite escolheu não seja visto como o anti-Lula. Liberdade para eles (a mídia) dizerem o que querem, de forma parcial, preconceituosa e manipuladora.

Há um medo, perceptível, a meu ver, de que a imagem do Lula possa ser associada à Dilma de forma tão forte que ela termine por vencer as eleições no primeiro turno.

Eis o medo da grande mídia. Certamente imaginam que a Dilma possa agir como Cristina Kirchner, e estabelecer limites para o poder dos grandes meios de comunicação. Bem que poderia ser assim. Espero que esse medo se realize.

Um comentário:

  1. É, eu havia percebido isto também. É incrível como os jornalistas da Globo tratam temas importantes de uma maneira tão vaga, ou quando não o fazem, ignoram. Podemos ver as coisas por tantas perspectivas diferentes, por exemplo, o Jornal Nacional ignora totalmente os outros 6 candidatos à corrida presidencial, certamente se o William Bonner tivesse o diploma de jornalismo (que nem isto ele tem!) ele saberia o qual patético o principal jornal brasileiro se tornar ao manipular as informações desta forma!

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