domingo, 4 de dezembro de 2011

SOBRE A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL E A MANIPULAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Nessa postagem seleciono também os artigos que escrevi sobre a crise econômica e as manifestações dos “indignados” por vários países, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Não tenho dúvidas de que essa crise é estrutural, ela é conseqüência da maneira como funciona o sistema capitalista. A usura e a ganância são os combustíveis que fazem girar a economia capitalista, mas elas não tem limites, o que é uma característica do sistema. Falsificam-se tudo, desde balancetes de grandes corporações, às movimentações do sistema financeiro, o funcionamento das bolsas de valores, até os números de seus endividamentos. Espalham-se boatarias para fazer cair e subir ações, artificializando o valor de empresas de forma a ampliar a concentração de riquezas. Uma realidade virtual, que enriquece poucos, mas destrói uma economia real e impõe a milhões de pessoas o desemprego e a desestruturação familiar.
As manifestações da população, seguindo-se ao aumento das desesperanças e da falta de emprego, de forma aleatória e desorganizada, só ampliam o sentimento de frustração e revolta, mas não trazem resultados concretos. As mudanças que estão ocorrendo nesses países apontam na direção contrária de tudo aquilo por que se batem os indignados. Economistas das mesmas escolas responsáveis pela hecatombe econômica nos EUA, e políticos mais conservadores, assumem o poder seguindo-se a velha máxima, de se querer mudar tudo, mas que tudo possa continuar como está.
O resultado final disso, se olharmos para a história, e vermos como no passado as saídas para situações parecidas se deram às custas do sacrifício dos mais pobres, será mais uma guerra de proporções mundiais. Há poucas saídas possíveis para a enorme quebradeira desses países. Antes, falávamos de um efeito dominó nos países árabes, com a queda em sequência de seus ditadores. Agora, podemos utilizar essa expressão para analisar a maneira como a crise econômica está se espalhando, desde os EUA em 2008 até a zona do euro, e daí em diante.
Como o sistema, cada vez mais funciona como uma enorme rede mundial, facilitada pela novas tecnologias de comunicação, a especulação e ganância são planetárias. Os especuladores não se limitam a atuar apenas em seus países, circulam dinheiro (em boa parte virtual) por todo o planeta. A necessidade de reposicioná-lo, para cobrir perdas existentes em tal lugar, forçará a uma imediata desvalorização nas moedas dos países onde ocorrem essas aplicações, ou a uma valorização artificial, afetando suas econômicas e expondo toda a teia na qual está configurado o mecanismo de funcionamento do sistema. Seu poder, mas contraditoriamente, sua vulnerabilidade, se nutre de um vírus que impede que o seu organismo volte a ter vitalidade.
O que se diz na mídia tradicional sobre a crise econômica, assim como o que está por trás das revoltas árabes, não merece crédito. Receba-a apenas como uma manchete, e busque informações disponíveis em vários sites na internet, e procure conhecer a realidade de cada país, econômica, política e a sua situação continental. Não se esqueça, sempre, de se municiar de um mapa histórico e geográfico, que indique as principais riquezas daquele país, sua localização e as suas fronteiras.
Por isso, faço da frase de Guimarães Rosa um lema: “Eu quase que nada sei, mas desconfio de muita coisa”.
Eis os links para os artigos.
SOBRE A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL (EUROPA E EUA)

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