É interessante estarmos atentos à conjuntura política internacional, não somente naquilo que é possível de visualizar, como decorrência de manifestações que se espalham pelo mundo. Infelizmente, a revolta das pessoas decorrente de situações reais, de dificuldades que lhes afetam diretamente, ao não se traduzir em transformações imediatas (o que é praticamente impossível), criam desesperanças e jogam nas ruas milhares de pessoas sem a verdadeira percepção de como as estruturas do Estado funcionam. E, principalmente, de como aqueles que detém o poder, e a riqueza, trabalham nos bastidores para não perder o controle da situação.
Charge: Maringoni - site Carta Maior |
A ingenuidade é a marca que acompanha a maioria das pessoas, quando o assunto é política. Suas revoltas são facilmente apropriadas pela mídia conservadora e as imagens que são transmitidas deformam os objetivos de suas lutas. Ao mesmo tempo, no submundo do poder, por onde funcionam as articulações que não são visíveis ao cidadão comum, uma disputa ferrenha pelo controle do espólio de estruturas em crises, tomam dimensões de uma verdadeira guerra invisível.
Não se imagine em meio a uma situação em que o simples brado das ruas seja suficiente para alterar estruturas em crises. Quando percebeu uma situação de crise na antiga Rússia, Lênin, então no exílio, escreveu que não bastavam as condições objetivas apontarem no caminho de transformações revolucionárias. Naquela época, a Rússia convivia com uma crise econômica brutal, e se via perdida na frente de batalha da primeira guerra mundial, impossibilitada de garantir o mínimo de condições para que seus soldados suportassem os ataques inimigos.
Mas, mesmo nessas circunstâncias, o líder bolchevique considerava necessário que determinadas condições subjetivas fossem criadas para que o poder pudesse ser efetivamente trocado de mãos, e assim, mudar as estruturas sociais. Era preciso, segundo ele, criar as condições subjetivas, ou seja, construir os mecanismos que garantiriam o poder nas mãos dos bolcheviques. Esse poder passou a ser os sovietes, que terminou por se constituir em poder paralelo ao governo de transição sob o comando de Kerenski, um aliado da burguesia russa que ascendeu ao poder logo depois do fim do czarismo.
A estratégia era ter um partido revolucionário forte e organismos (que foi denominado células), espalhados por todos os cantos dos órgãos do Estado (exército, burocracia etc.) e nas grandes indústrias. Entendia Lênin, que se as condições subjetivas não estivessem devidamente preparadas, dificilmente se daria a tomada de poder e a consequente transformação nas estruturas do modo de produção capitalista.
Não quero aqui artificializar uma situação, aparentemente indicando que as condições objetivas estão criadas a ponto de se proceder uma possível mudança no capitalismo contemporâneo, localizadamente em alguns países que se encontram numa crise econômica insustentável.
Mas pretendo, sim, demonstrar como não é suficiente, embora seja necessário, que as multidões ocupem as ruas em protestos contra as injustiças geradas por um sistema que só faz acentuar as diferenças sociais e a concentração da riqueza.
IMPÉRIO E MULTIDÃO
Michael Hardt e Toni Negri, em dois livros que devem ser lidos, mas que tem passado nos últimos tempos sob um manto de indiferença, inexplicavelmente, tratam dessa situação com bastante pertinência, embora tenham em suas conclusões seguido por um caminho oposto ao daquele indicado por Lênin.
Primeiramente em “Império”(1), eles analisam toda a crise que envolve o poder hegemônico dos Estados Unidos, e a sua inevitável decadência, mas consideram que o poder imperial é muito mais abrangente do que todo o poder estadunidense. Para eles o cerne deste poder é o sistema capitalista mundial, e a condição para sua superação reside no papel que será desempenhado pela pessoas, num processo de revoltas permanentes sem que haja necessariamente um centro condutor disso.
Escorados nos conceitos de biopoder e biopolítica, de Michel Foucault, Hardt e Negri conseguiram com uma década de antecedência, prever toda uma conjuntura que viria na sequência do acirramento da crise, principalmente como consequência da ação intempestiva dos Estados Unidos na sequência dos ataques do 11 de setembro de 2001.
Já em “Império”, o papel da multidão já se descortinava dentro de um projeto de democracia global. A expressão “a multidão contra o império” definia, assim, como eles analisavam que transcorreriam os anos seguintes, como consequência não somente de crises econômicas, mas também da falência dos instrumentos tradicionais que dão suporte à democracia. Incluindo-se o conceito de soberania política, expresso nas formas rotineiras de disputa eleitoral pelo voto. Propunham, então, uma reinvenção da democracia e a necessidade de se destruir a separação entre sociedade civil e o estado, e sugerem que essa era um questão posta pela tradição marxista.
A “Multidão”(2), aí os elementos principais da análise sobre quem exerceria esse papel é exposto nesse segundo livro, cumpriria essa função de mediação entre a democracia e a prática política. A multidão em si não é a sociedade civil, ela se caracteriza como uma forma ininterrupta de relações cujas singularidades a colocam em movimento. Não se exigiria dela a transformação em um partido político, ou qualquer estrutura fixa de organização, mas ela é impulsionada por um desejo que a leva ao âmago da crise. Contudo, eles reconhecem que ela não compõe uma unidade, e isso a torna (a multidão), “uma espécie de organização social definida pela capacidade de agir em conjunto sem qualquer unificação”.(3)
Mas, embora até aqui as análises de Hardt e Negri estejam coincidindo com o que a realidade nos mostra, principalmente no que está exposto no primeiro livro, “Império”, não nos parece que o vaticínio extraído do segundo livro, “Multidão”, se confirme no que acontece na geopolítica mundial, apesar da presença como agente ativo, muito embora com uma subjetividade dispersa, das multidões que ocupam diversas praças e ruas por todo o mundo.
OCCUPY WALL STREET
Depois de várias semanas manifestando-se por várias partes dos Estados Unidos, com as maiores presenças em Nova Iorque, nas vizinhanças do maior centro financeiro do mundo, o movimento dos indignados naquele país passou a ser reprimido implacavelmente, não sendo poupado nem mesmo pessoas idosas, em cenas que dariam inveja às ditaduras mais truculentas do mundo.
Comprova-se assim que a liberdade das pessoas se manifestarem tem limites, e este atinge o seu ápice quando as estruturas financeiras e o poder político se sentem ameaçados, independente de haver um não um sistema democrático. Isso nos remete também ao conceito de democracia, e possibilita reforçarmos a compreensão de que ela só é permitida enquanto não incomoda as forças que regulam o sistema capitalista.
Mas, na comparação do papel desempenhado pela multidão no centro financeiro dos Estados Unidos, e por outros Estados daquele país, com a situação política que advém dessas ações, percebemos claramente a absoluta falta de um projeto que possibilite resultados positivos que atendam as expectativas dos revoltosos. Como encaminhar as mudanças? Concretamente, o que se propõe com as manifestações? Ou se limitam elas a formas de protestos e indignação contra a ganância? Mas é essa a vitamina que dá vigor ao sistema, aliada a sua irmã gêmea, a usura. Então seria preciso propor a transformação do sistema e a superação do que é, em essência, a causa principal que dá suporte a tudo aquilo pelo qual se está lutando contra.
Não ocorrendo isso, faltando, portanto, aquilo que Lênin definia como os fatores subjetivos, e que são subestimados nas análises de Hardt e Negri, todas essas revoltas potencializadas hoje em dia pela capacidade de rapidez na informação, através das redes sociais, tornam-se insuficientes para transformar aquelas estruturas geradoras das crises econômicas e sociais. Mas há um reverso nessa história, e talvez seja o pior resultado. A possibilidade de esse descontentamento ser absorvido por grupos e partidos conservadores, à espreita do crescimento da desesperança que se seguirá à frustração inevitável daqueles que se entregam aos protestos, ao não verem resultados concretos nas suas revoltas.
Tem sido exatamente esse o caminho que está sendo tomado, não somente nos Estados Unidos, com o aumento da influência do Tea Party, braço direitista do Partido Republicano, mas também na Espanha, Itália, Grécia, certamente seguirá nessa linha por toda a Europa, e também nos países árabes, onde revoltas semelhantes ocorreram e continuam a acontecer.
Na Grécia, pressionado por Alemanha e França, o governo socialista, que ascendera ao poder com um forte apoio popular, recebeu voto de desconfiança, perdeu força e foi obrigado a sucumbir às pressões do centro da Europa. Na Itália, um primeiro-ministro que se mantinha no cargo à custa de uma forte manipulação dos poderes republicanos, principalmente da Justiça, e fazia troça das dezenas de processos que recaíam sobre seu comportamento político e moral, foi substituído por uma troupe de “técnicos”, economistas formados nas mesmas escolas daqueles que foram responsáveis pela crise dos “subprimes” nos Estados Unidos. Nome técnico que pode ser traduzido por excesso de ganância diante da especulação com hipotecas imobiliárias. Na Espanha o governo socialista foi vergonhosamente derrotado para um candidato conservador.
Segundo Eduardo Febbro, correspondente do site Carta Maior em Paris, “Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Monti, o presidente do Conselho Italiano que substituiu a Silvio Berlusconi, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs”. Mas esse controle, efetivado com mais força mesmo com toda a crise da qual eles tem parcelas significativa de culpas, não se restringe à Europa. “Henry Paulson, ex-presidente do Goldman Sachs, foi em seguida nomeado Secretário do Tesouro estadunidense, ao passo que William C. Dudley, outro alto funcionário do Goldman Sachs, é o atual presidente do Federal Reserve de Nova York. Mas o caso dos responsáveis europeus é mais paradigmático. A palma de ouro quem leva é Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, que foi vice presidente do Goldmann Sachs para a Europa entre os anos 2002 e 2005”.(4)
PRAÇA TAHRIR REOCUPADA
Enfim, caiu a máscara por trás da qual a mídia escondeu toda a real situação do Egito. País com uma posição estratégica importante para os Estados Unidos, em sua indisfarçável obsessão por controlar regiões ricas em petróleo, devido à importância do Canal de Suez, bem como pela proximidade com a Arábia Saudita, jamais seria permitido que o descontrole político levasse à ascensão de algum governo anti-imperialista.
Com muita rapidez a diplomacia ocidental manipulou as peças de um xadrez intrincado, garantiu com que as vozes dos indignados enfraquecesse o governo de Hosni Mubarak, mas montou uma estratégia que garantisse a continuidade do poder nas mãos dos mesmos militares que davam sustentação a ele. Imediatamente espalhou-se pelo mundo que o clamor dos indignados havia possibilitado a derrubada de uma ditadura e a transição para a democracia, algo que deveria se suceder por todo norte da África e Oriente Médio. Nos fizeram crer que a “Primavera Árabe” começara pelo Egito e que, com a multidão nas ruas, a democracia sairia vitoriosa.
Tudo não passava de uma estratégia maquiavélica. Os espiões ocidentais já sentiam o pulsar das revoltas, trataram de repassar as informações às potencias ocidentais, á frente os Estados Unidos, e prepararam um plano para realizar as mudanças nos governos daquela parte do mundo, para que tudo continuasse como antes. Seguiu-se mais ou menos tal qual imaginou o então governador mineiro Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, pouco antes da Revolução de 1930 aqui no Brasil: “Façamos a revolução antes que o povo a faça”.
Nos países onde seria mais difícil manipular essas manifestações, por terem regimes mais fortes e menos suscetíveis às revoltas populares, até pelo caráter mais ditatorial de seus governos, as ações tomariam uma proporção maior, de instigamento de revoltas armadas, incentivando-se grupos marginais, infiltrando os “falcões”, potencializando revoltas armadas, até possibilitar as ações da OTAN. Os casos mais possíveis de serem submetidos a esses tipos de ações seriam dos regimes da Líbia e da Síria.
Naqueles que, embora estivessem à beira da queda, pelas insatisfações populares, mas cujos interesses estratégicos (proteção da Arábia Saudita) envolviam não somente o petróleo, mas a existência de bases militares, como o Bahrein e o Iêmen, se tentaria, e isso prossegue até os dias de hoje, manter no poder os governos fragilizados. Dessa forma o controle sobre esses territórios seriam mais efetivos, pois deveriam sua continuidade à essa política sutil de definir quem cairia ou sobreviveria aos efeitos da “primavera árabe”.
Na Líbia o que ocorreu foi claramente um golpe internacional, patrocinado principalmente pela França e Inglaterra com o aval dos Estados Unidos, utilizando-se para isso do poder militar praticamente imbatível da OTAN. Sem isso dificilmente o governo de Muammar Kadafi teria sucumbido. Da mesma forma, sem essa ação militar será difícil derrubar o governo da Síria. Contudo, uma ação do mesmo tipo da que foi desencadeada na Líbia resultaria desastrosa, pelas relações que a Síria possui com o Irã e os grupos palestinos como o Hesbollah e o Hamas, e por suas complicadas fronteiras.
Nos últimos dias essa estratégia tem sido desmascarada, com a retomada das manifestações populares e a reocupação da praça Tahrir. Mas desta vez, ao contrário do que ocorreu quando do governo de Mubarak, as forças armadas, agora com o controle do poder, investiu a repressão militar contra a população, resultando em dezenas de mortos e centenas de feridos. Comprova-se, com essas ações, que havia um plano preparado nas primeiras manifestações, tanto para derrubar Mubarak, como para garantir que no poder permanecessem os militares, velhos aliados dos Estados Unidos.
A INDIGNAÇÃO DAS RUAS NÃO SE TRADUZEM EM MUDANÇAS
Porque o clamor popular se esvai por entre as redes e esgotam-se nas ruas? Retornamos ao começo, quando tentamos entender as questões postas por Hardt e Negri. A multidão, revoltada, carrega em suas entranhas uma infinidade de razões que justificam um comportamento de indignação e rebeldia, principalmente os mais jovens. Essa mistura de descontentamento, alia-se ao fato de não haver um centro que uniformize esse pulsar, caracterizando o movimento por sua desorganização e a mais absoluta ausência de instrumentos capazes de tornar real um sentimento que se fortalece cada vez mais na virtualidade das redes.
Por uma própria decisão do movimento os partidos são excluídos do seu meio, embora eventualmente algum partidário esteja presente. Até porque eles também são responsabilizados, juntamente com os instrumentos tradicionais da política e do poder, pela crise econômica. Ora, quando expõem o papel da Multidão, no trabalho que citamos aqui, os dois filósofos não consideram importante a busca por uma unidade, não sendo necessário um centro que lidere ou organize o movimento. Segundo eles, essa unidade pode ser extraída do próprio movimento e não necessariamente na inversão que traduz o tradicional formato da política, contra a qual se batem os movimentos dos indignados.
Mas o resultado desse hiato traz como consequência um certo niilismo, sem que ao final se consiga encontrar instrumentos capazes de operar as mudanças. Ou seja, renega-se as estruturas vigentes no capitalismo, inegavelmente reconhecidas como responsáveis pela situação de crise no mundo e pelo avanço das desigualdades sociais, mas espera-se que a simples presença da multidão nas ruas, em protestos carregados de subjetividades, possam levar a transformações. Imagina-se que do vazio, das ausências de perspectivas, contando-se somente com a rejeição ao sistema, possa vir o mundo a encontrar outro caminho. Se tudo está desprovido de sentidos, após o caos e a certeza de que vivemos em meio a muitos absurdos, certamente a morte por inanição do capitalismo forçará a humanidade a encontrar outro sistema. É como se Nietsche revivesse em meio á indignação da multidão.
Ora, mas tratamos também de poder, de como e por qual meio as estruturas do sistema permanecerão no pós-crise. Claro que aqueles que são responsáveis pelo caos econômico e pela crise sistêmica, jamais entregarão o poder econômico que possuem em suas mãos. São eles os responsáveis por transformar o oxigênio e até mesmo as paisagens em mercadorias. Tudo, em suas mãos, vira negócio, gera dinheiro, acumula riqueza. Obviamente, concentrada em suas mãos, uma minoria que detém o controle dos meios de produção por todo o mundo. Ilusão imaginar que todo esse poder lhe será tirado pela simples presença da multidão nas ruas.
O que observamos então, com um olhar criterioso e detalhista, é uma mudança de estratégia diante daquilo que não é possível ser negado. O establishment, procura então formas de transmitir à essa indignação uma opinião pública construída por mecanismos de marketing, criando um sentimento de aversão á política. Pois se a política, os políticos e as estruturas que compõem o Estado passam a também a fazerem parte da lista de condenados, juntamente com o sistema, o que restaria à multidão como instrumento para realizar as mudanças?
Com essa estratégia, os donos dos meios de produção, sob o controle de grandes corporações, e utilizando-se da grande mídia, que também lhes pertencem, transformam uma potencial revolta que poderia resultar em processos revolucionários, em meras estultices. As redes sociais se enchem da mesma forma, de discursos indignados e da repetição do que a mídia lhes incute; da aversão à política e da campanha anti-corrupção, como se isso fosse decorrente da falta de caráter do político, e não uma das pragas criadas pela ganância que movimenta o sistema, indistintamente. Embora mais frequentemente utilizada por este como decorrência da proximidade com o poder. O que não se pode, sob nenhuma circunstância, generalizar, pois que senão afastam os honestos da política e tornam ainda mais impossível por fim àquilo contra o qual se levantam os protestos. Deixando o campo aberto para a ação dos “testas de ferros” e “laranjas” que representam os interesses das grandes corporações.
De possíveis agentes das mudanças, os indignados, ao não aceitarem lutar para transformar as instituições por dentro delas, e abdicar de aceitá-las como canais para instituir uma verdadeira democracia, tornam-se instrumentos nas mãos dos setores conservadores, que através da mídia, de forma oportunista, dizem defender valores que não compõem suas pautas diárias. Transmitem à população a idéia de que defendem ética e honestidade, quando em verdade escolhem sob sua ótica quem deve ser execrado porque não lhes transmitem confiança e que podem ser sacrificados para ampliar o sentimento de revolta, justo, embora completamente afetado pela manipulação construída para que tudo mude, a fim de poder continuar do jeito que está.
Constroem, com a rejeição à política, e um sentimento de aversão às saídas institucionais, um caminho fértil para a intolerância e um porto seguro para o fascismo.
NOTAS:
1. Negri, Antonio; Hardt, Michael. Império. São Paulo: Record, 2004
2. Negri, Antonio; Hardt, Michael. Multidão - Guerra e Democracia na Era do Império. São Paulo: Record, 2005.
3 - “Questões para Michael Hardt e Toni Negri” – Novos Estudos, nº 75, julho de 2006 - http://www.scielo.br/pdf/nec/n75/a07n75.pdf
4 – “Goldman Sachs, como criar uma crise e governar o mundo” – Eduardo Febbro – Carta Maior - http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18998
Éh Romualdo, em 2002, quando era Secretário de Comunicação do Comitê Estadual do PC do B, discutimos em uma reunião o livro do Antônio Negri, e naquela reunião tomamos a decisão de trazer você de volta para o centro da direção do PC do B. Não deu certo a tentativa. Nossa intenção era construir uma vanguarda. Imáginavamos que isso que você agora descreve iria acontecer. Falta intelectuais, falta rumo, falta teoria.
ResponderExcluirRomualdo Pessoa tem mais coisa aí, a ser observada. O mundo caminha para reconfiguração e fatiamento de hegemonia de poder. A multidão a que Negri e outros abordam como forma de poder de contraataque poderia polarizar se fosse não-turba, e fosse constituída de forma esclarecida, lúcida, objetivamente. Teria força e seria obstáculo ao próprio poder atual hegemônico imperialista em crise. Seria canalizadora de energia vital, mas não é o caso
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