“Água pra encher/Água
pra manchar
Água pra vazar a vida/Água pra reter
Água pra arrasar/Água na minha comida
Água/Aguaceiro/Aguadouro/
Água pra vazar a vida/Água pra reter
Água pra arrasar/Água na minha comida
Água/Aguaceiro/Aguadouro/
Água que limpa o
couro/Ou até mata”.
(Água. Djavan)
O problema da água, no Brasil e no
mundo não é recente. Já se vive uma situação alarmante há décadas, e isso vem
sendo devidamente pesquisado e alertado em diversos fóruns de discussões, em
universidades ou por organismos multilaterais, como a própria ONU, que no ano
de 2006 publicou em seu Relatório Anual, um denso estudo sobre a situação hídrica no mundo[1].
No entanto, por questões políticas
decorrentes da realização de um processo eleitoral neste ano, exatamente em
meio a pior crise hídrica do Estado de São Paulo, vimos desfilar pelos meios de
comunicação, principalmente o maior deles, a Rede Globo, uma infinidade de
reportagens manipuladoras, de tentativas grosseiras de desviar as
responsabilidades sobre o mal gerenciamento desse recurso imprescindível em
nossas vidas. Por uma razão óbvia, aliviar o governo daquele Estado, e garantir
a reeleição do governador Geraldo Alkmin. O problema maior, além da enganação
política, é prolongar um problema sério e de visível agravamento para a
população, já que o governo, por essa razão, evitou alertá-la para o risco e
deixou de adotar medidas para conter desperdícios.
No primeiro momento, durante o
processo eleitoral o que se viu foi omissão, e até mesmo uma solene indiferença
ao grave problema que afetava a população paulista. Passadas as eleições,
gradativamente a situação foi sendo mostrada, sem o caráter impactante que
caracteriza a forma como esses telejornais, e outros veículos de comunicação,
tratam situações parecidas, mas referentes às responsabilidades do governo
federal. De forma desavergonhada, e acintosamente, amenizaram a gravidade da
crise hídrica, e, exatamente por isso, tentam tergiversar e desviar o foco da
principal razão, a má gestão, e apresentam reportagens que, bem aos seus estilos,
tratam de todas as causas que sabidamente tornam a questão hídrica grave, para,
dessa forma, responsabilizar fenômenos naturais, ou aqueles mais gerais,
ligados ao processo de desenvolvimento econômico com as indicações das
responsabilidades humanas, sempre genéricas, mas nunca colocando em xeque o
estilo de vida criado pelo sistema capitalista.
Ora, não é novidade que o alto grau
de urbanização e a impermeabilização do solo, em cidades que crescem
aceleradamente elevam a temperatura nas grandes metrópoles, isso eu estudei
quando fazia o colegial; Tampouco é inquestionável que o desmatamento acelerado
da Amazônia afeta o regime de chuvas, afetando a evapotranspiração, uma vez que
a diminuição da vegetação nessa imensa floresta reduz na formação da umidade,
refletindo no regime de chuvas. Pela dimensão da floresta Amazônica essa
afetação se estende por diversas regiões brasileiras, podendo chegar até a
influenciar nas precipitações hídricas no sul do país. Isso também tem sido
objeto de estudos há décadas.
Mas quais as medidas efetivas foram
tomadas pelos governos de São Paulo, durante a última década, diante da
eminência de uma crise que era dada como certa, visto que esses problemas eram
previsíveis? Tenho visto referências aos problemas gerenciais da água, eles
estão sendo mostrados. Mas de uma forma a amenizar erros dos gestores paulistas,
procurando identificar as causas em situações que, supõe-se, não seriam da
responsabilidade daqueles que deveriam estar diuturnamente preocupados não
somente com o que aconteceria no próximo dia, mas nas décadas seguintes.
É preciso separar os vários tipos
de problemas. Mas eles têm também relação com a governança estadual. Como não?
Devem-se fazer também reportagens sobre o quanto se desmatou no Estado de São
Paulo em décadas anteriores. Se no começo desse século, reduziu o desmatamento
nesse Estado, é porque praticamente já não há muito mais a ser desmatado. E
registre-se o fato de que há uma semelhança entre o Nordeste de séculos
passados e o São Paulo de hoje, a grande quantidade de hectares plantados com
de cana-de-açúcar, cultivo que traz um grande prejuízo ao solo, como de resto
todas as monoculturas, e por um uso intensivo de água em sua produção e
transformação nas usinas.
Revista Pesquisa Fapesp Ed. 171 maio 2010 http://revistapesquisa.fapesp.br/ |
Em trabalho publicado em 2008, o
professor da USP, Wagner Ribeiro alertava[2]:
As manchas urbanas exigem muita
água para a produção do espaço urbano e para suprir as demais necessidades de
seus habitantes. É cada vez mais caro prover água a poplação das grandes
cidades e das metrópoles.
(...) São Paulo é um caso que
merece atenção. Com cerca de 20 milhões de habitantes, situada em um sítio
cujas altitudes oscilam entre 800 e 400m, necessita captar água de outras
bacias hidrográficas para prover sua população. O fato mais grave é que a
legislação de proteção aos mananciais, criada na década de 1970 e revista na de
1990, não conseguiu coibir a ocupação irregular nas áreas das nascentes. (pág.
35)
Ora, um trabalho de pesquisa que
trata especificamente o problema da área, realizado por um estudioso de uma
universidade paulista, a mais conceituada do país, não poderia jamais ser
subestimado por gestores do Estado, que deveriam estar permanentemente
atualizado sobre um problema visivelmente complexo pela sua importância e
gravidade.
Mas não somente este estudo, como
tantos outros, apresentados inclusive em um evento realizado na cidade de São
Paulo, no Memorial da América Latina, em 2010, com a exposição de dezenas de
trabalhos de pesquisa sobre as dificuldades hídricas no Brasil e no Mundo.
Organizado por uma rede internacional, Waterlat, o Congresso teve como temática
central a “tensão entre justiça ambiental e justiça social na gestão da água”,
e aglutinou pesquisadores brasileiros e estrangeiros, gerando um ambiente
propício para se identificar os principais problemas que cercam os recursos
hídricos e apontando perspectivas críticas e soluções. Eu estive nesse
congresso e pude também apresentar um trabalho de pesquisa que desenvolvo dentro
da problemática da água, no âmbito da geopolítica, identificando as
dificuldades da gestão transfronteiriça desse recurso, e, principalmente, o seu
uso – e abuso – na agricultura. Especificamente enfocando o cerrado goiano, e a
região de Cristalina, no entorno de Brasília, com a concentração da maior
quantidade de pivôs centrais da América Latina. Essa região pode vir a atrair
investimentos de uma São Paulo seca e desprovida desse imprescindível recurso,
mas já se depara com os mesmos problemas.
Mas, onde estavam os gestores
paulistas no momento da realização de um evento importante para as atividades
que eles desenvolvem?
A série de reportagens da rede
Globo, que me levou a escrever esse artigo, ao amenizar a responsabilidade dos
gestores prolonga esse comportamento irresponsável, de menosprezar a
necessidade de se encarar as soluções com rapidez, principalmente porque elas
demandam tempo para gerar resultados. Ao mesmo tempo, completando o festival de
desinformação sobre quais são as melhores medidas a serem adotadas, foram
mostradas pesquisas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
no campo da transgenia, com o enxerto em plantas de elementos que a tornam mais
resistentes aos períodos secos, demandando pouca água para a sua sobrevivência.
Mas isso não é solução para os problemas imediatos, não tem nenhuma relação com
as alternativas que devem ser encontradas para solucionar o problema de mais de
uma dezena de milhão de pessoas que estão em vias de conviver com a falta de
água em uma das dez cidades mais populosas do mundo.
A desinformação, e a manipulação da
informação, causa um sério complicador, na medida em que não possibilita que o
processo educativo atue com precisão em meio à população. A omissão do Estado,
decorrente da disputa eleitoral, em iniciar desde o primeiro semestre um
cronograma de racionamento na cidade, possibilitou que o Sistema Cantareira,
complexo de diversas barragens que abastece a maior parte da cidade de São
Paulo, reduzisse drasticamente seu volume de águas. Indiferença das pessoas por
um lado, já que a gravidade do problema foi reduzida por irresponsabilidade
política, e cobrança acentuada por outro, na medida em que a água começa a
faltar, principalmente em bairros mais elevados, como consequência da redução
na pressão a fim de evitar mais desperdícios nas tubulações, torna a situação
ainda mais tensa. Principalmente porque afeta os bairros de maior população,
periféricos e de menor poder aquisitivo. No outro extremo, as empresas e
grandes condomínios investem na alternativa dos poços artesianos, causando mais
dois problemas sérios: a (in)justiça ambiental e a redução dos níveis dos
lençóis freáticos.
Sobre isso, outro pesquisador, e
doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Walter
Porto-Gonçalves, escreveu ainda em 2006[3]:
Hoje, com o motor a diesel se busca água no subsolo e, com
isso, introduz-se no nosso léxico cotidiano novas expressões como aquíferos, já
que as águas superficiais e mesmo os lençóis freáticos já não se mostram
suficientes, pelo menos na hora e no lugar desejados. Cada vez é maior o saque
aos aquíferos e, deste modo, introduz-se um componente novo na injustiça
ambiental generalizada no mundo e em cada país com a expansão da racionalidade
econômico-mercantil engendrada pelo capitalismo. Afinal, a captação de água à
superfície era, de certa forma, mais democrática na medida em que a água estava
ao alcance de todos, literal e materialmente. Com a captação de águas nos
subterrâneos, os meios de produção, as bombas a diesel, se tornam sine qua
non conditio, e como nem todos dispõem desses meios a injustiça ambiental
ganha novos contornos por meio do desigual acesso aos recursos hídricos. (pág.
424)
Além desse aspecto social, o uso
descontrolado das águas dos lençóis freáticos e aquíferos pode acentuar mais
ainda o problema, com o rebaixamento desses depósitos de águas subterrâneas,
fazendo com que a cada perfuração torne-se necessário aumentar a profundidade
dos poços. A consequência disso aparecerá, na dialética precisa do processo que
gera o ciclo das águas, na alteração também do regime de chuvas, uma vez que
impactará nesse processo reduzindo o tempo para que ele se complete, e
ampliando uma situação que de estresse hídrico pode passar para a de escassez
total de águas para a região, e o Estado, de maior desenvolvimento econômico do
país. São Paulo pode, assim, passar pelas mesmas dificuldades que a região do
semiárido nordestino. De imediato, os reflexos econômicos são diversos, e tem
sido pontuado em diversas reportagens, o que gera mais apreensões, tensões e
tentativas de se resolver o problema de forma isolada.[4]
Por isso, como sugere essa
reportagem citada, e outras, as soluções deveriam ser para ontem. E para que se
acredite que as medidas a serem tomadas são sérias os gestores públicos
precisam assumir os equívocos cometidos durante todos esses anos, para que se
tenha a certeza de que os mesmos não se repetirão.
Mas porque não se pode culpar
simplesmente os fenômenos apontados no início deste artigo? Embora saibamos que
eles ocorrem, são consequências do estilo de vida urbano e provocam também
problemas hídricos. Porque existem outros exemplos, em várias grandes cidades
do mundo, que executaram de forma planejada transposição de águas de áreas que
passaram a ser preservadas, ou onde existem o recurso em abundância. Só para
citar alguns exemplos:
Para não começar somente com
citações de feitos ocidentais, muito comum entre nós, apresento inicialmente um
projeto de grande envergadura e que alguns devem ter considerado megalomaníaco,
até por conhecer a personalidade do governante que o empreendeu, Muammar al-Gaddafi, ex- presidente líbio, assassinado
durante as revoltas contra o seu governo, com o apoio de países ocidentais. “O
Grande Rio Feito Pelo Homem”, como assim ficou denominado o projeto, executado,
se estende pelo deserto desde a fronteira do Chade com a Líbia, em uma extensão
de mais de 4.000 quilômetros, transportando mais de cinco milhões de m³ de
água, numa das maiores obras de engenharia da África[5].
Além de abastecer as grandes cidades, principalmente Típoli, o objetivo era
também impulsionar a produção agrícola, por meio de irrigação, tornando
produtivas regiões áridas.
Mas
as dificuldades de abastecimento hídrico, afeta também a maior potência
econômica. Com um país de dimensões continentais e com regiões díspares em suas
características ambientais, mas convivendo em todas elas com o crescimento
urbano exponencial, os EUA também tem exemplos de grandes empreendimentos
realizados há anos, em alguns Estados e/ou municípios, para suprir suas
populações de água de qualidade.
Los
Angeles é a segunda cidade mais populosa dos EUA, e, mesmo sendo do Estado mais
rico do país, enfrentava situações por situar-se em uma região de dificuldades
hídricas.
“Los
Angeles
se espalha por um platô semi-árido, um quadrado cercado por três desertos e o
Oceano Pacífico e com um índice pluviométrico anual médio de parcos 380 mm -o
do Pantanal, por exemplo, fica entre 1.000 mm e 1.400 mm.
Sua única fonte de água doce então era o esquálido rio Los Angeles, hoje um canal de concreto que também já foi cenário de muitos filmes (entre eles, a corrida de carros de "Grease - Nos Tempos da Brilhantina", de 1978, com John Travolta). No auge da exploração, calcularam as autoridades de então, sua água serviria até a 250 mil pessoas, não mais. Até que alguém teve a idéia. "E se usássemos a água de sobra do vale Owens?" A 350 km dali, 6.000 metros acima do nível do mar, serpenteava um rio ao largo de uma série de cidadezinhas e desembocava no lago homônimo”[6].
Sua única fonte de água doce então era o esquálido rio Los Angeles, hoje um canal de concreto que também já foi cenário de muitos filmes (entre eles, a corrida de carros de "Grease - Nos Tempos da Brilhantina", de 1978, com John Travolta). No auge da exploração, calcularam as autoridades de então, sua água serviria até a 250 mil pessoas, não mais. Até que alguém teve a idéia. "E se usássemos a água de sobra do vale Owens?" A 350 km dali, 6.000 metros acima do nível do mar, serpenteava um rio ao largo de uma série de cidadezinhas e desembocava no lago homônimo”[6].
Uma obra monumental foi posta em
funcionamento, mobilizando milhares de operários e mais de um bilhão de
dólares, no começo do século XX, construindo enormes aquedutos que transportam
água até hoje por mais de 300 quilômetros de distância para abastecer uma população
de mais de 20 milhões de pessoas. O custo foi impressionante e o tempo gasto
bem maior do que se prevê para a finalização da transposição do Rio São
Francisco. Mas se constituiu em uma obra imprescindível para garantir que Los
Angeles e o seu entorno pudessem dispor de água de qualidade até os dias de
hoje.
Maior cidade dos EUA, e a segunda
maior do mundo, Nova Iorque também se deparava com problemas semelhantes,
embora não em uma região tão seca quanto Los Angeles. Em uma parceria
estratégica e inédita, entre fazendeiros, pequenos proprietários de terras e o
município, o governo estabeleceu uma parceria que possibilitou o controle de
uma reserva situada a mais de 200 quilômetros da cidade, repleta de nascentes e
reservatórios. Protegendo as matas ciliares ao longo dos cursos d’água e
criando medidas protetivas, foi garantida a conservação do recurso que passou a
ser transportado por enormes aquedutos e túneis que começaram a ser construídos
desde o final do século XIX, sendo que o último deles tem previsão de conclusão
para o ano de 2020, embora com algumas fases já em funcionamento.
Recentemente, quando se teve início
a construção da transposição do Rio São Francisco, com o intuito de garantir
abastecimento a diversas cidades do semiárido nordestino, por vários estados,
cujos rios há muito tempo deixaram de ser perenes, setores oposicionistas
criticaram a medida, e ainda o fazem, sob alegação dos altos custos envolvidos,
ou de outros cujas críticas são de fortes conteúdos ideológicos, e imaginam que
os resultados só beneficiarão ricos fazendeiros. Diga-se de passagem, serem
esses alguns dos argumentos usados no começo do século para os que se opunham à
transposição de águas do Vale de Owens na Califórnia, para Los Angeles[7].
Mas o Estado mais rico do país, há
mais de 20 anos governado pelo PSDB, cuja postura é de se vangloriar pela
eficiência administrativa, e apresenta sempre a competência paulista como
referencia para o resto do país, passou todos esses anos, mais de duas décadas
de governo, não somente investindo pouco em obras de impacto que pudessem
apontar para um planejamento futuro de garantia de poucos riscos de
abastecimento de água, como sendo inoperante na adoção de medidas protetivas
para os mananciais que abastecem os sistemas, principalmente o maior deles, o
Cantareira, como também os seus reservatórios. Por seus entornos, margens
desprotegidas, abertas a explorações de diversas atividades turísticas,
empresariais e de atividades pesqueiras, expõem a fragilidade e
irresponsabilidade com a gestão de um recurso que já se sabia não ser
suficiente para garantia de abastecimento de uma população urbana de
crescimento acelerado e desordenado. Não foram poucos os alertas para o colapso
que se avizinhava.
Disputa por água em carro pipa Nova Delhi - Índia |
https://www.youtube.com/watch?v=x-OIVfi-JX8 |
As multinacionais estão, cada vez
mais, privatizando e consolidando os sistemas de abastecimento de água. Na
última década, pelo menos três – Suez, Veolia Environmental Services
(ex-Vivendi) e Thames Water – expandiram-se, transformando-se em empresas de
comercialização de água em todo o mundo em desenvolvimento. No início de 2009, a
gigante industrial alemã Siemens pagou quase US$1 bilhão pela U.S. Filter,
maior fornecedor de produtos e serviços para tratamento de água da América do
norte. Multinacionais gigantescas, como
General Eletric e Dow Chemical, também estão entrando no ramo de água,
ao lado de outras empresas das quais você já deve ter ouvido falar, como Nalco,
ITT e Danaher Corporation.[8]
(Pág. 76-77)
Por mais absurdo que pareça a
idéia, ela me povoa a mente. Espero estar equivocado, e esta não seja uma crise
provocada, em uma atitude de risco calculado, visando implementar formas
privadas da gestão da água na capital e no Estado de São Paulo. Considerando que
Sabesp, (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) que gerencia
essa atividade já é uma empresa de economia mista e de capital aberto, com
ações comercializadas em bolsas de valores, não é de se espantar, dado a
própria característica do governo paulista, se essas medidas vierem a ser
tomadas. Por enquanto as atenções se dirigem para a capacidade dessa empresa
conseguir solucionar um problema de gerenciamento que até agora ela foi incapaz
de resolver. Os gestores privados, especuladores, acionistas, estão de olho no
desenrolar dessa crise. O que eles desejam, é lucrar com ela. O que interessa à
população é solucionar os problemas, garantir abastecimento de água sem
racionamento em suas casas, mas deve, sempre, lutar para que jamais a água se torne
uma mercadoria a saciar a ganancia de usurários capitalistas.
[1] Acesse o relatório em PDF no
link:
[2] COSTA, Wagner Costa Ribeiro. Geografia Política da Água. São Paulo:
Anablume, 2008.
[3] PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da
globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
[5] Great Man Made River Project Libya, Libyen.
[6] Sem Transposição de Águas Los
Angeles Não Existiria. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1710200512.htm
[7] O Plano B do exemplar sistema de
abastecimento de água da cidade de Nova York
[8] SMITH, Laurence C. O Mundo em 2050. Rio de Janeiro:
Elsevier-Campus, 2011.
Não tenho dados da fonte, mas. Alguns órgãos estatais federais, há mais de 20 anos fizeram estudo sobre abastecimento nas grandes concentrações urbanas brasileiras. Os diagnósticos preocupantes foram publicados na forma de notificações aos Estados. Entre eles Goiás, a cerca de Goiânia e São Paulo, a cerca de sua capital. Juntamente foram disponibilizadas verbas para grandes obras de abastecimento. Em tempo, o governo de goiano criou a barragem do Ribeirão João Leite, que prevê abastecimento para Goiânia e redondezas, até 2050. Hoje a oferta dada pelo Rio Meia-Ponte ainda não foi esgotada. Diferentemente, o governo de São Paulo, tomou os cerca de 3 bilhões cedidos pelo governo federal para fins de obras de abastecimento e investiu na Bolsa de NY. Com a crise, me parece que a iniciada em 2008, o montante reduziu-se a algumas poucas centenas de milhões. Na época foi enaltecida pela alta classe "intelectual" paulistana o arrojamento administrativo-econômico do então governador. Visionário? Parece cedo, ops, seco ainda para criar o aquadólar!
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