quarta-feira, 1 de maio de 2024

DOCENTES DA UFG EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Quero me dirigir por meio deste artigo em meu Blog Gramática do Mundo, especialmente aos docentes da UFG, professoras e professores, tanto aos que participaram do plebiscito que definiu pela greve por tempo indeterminado, quanto aos que não participaram por alguma razão.

Após comunicado que será feito à reitoria, obedecendo os trâmites jurícos que são exigidos, a data marcada para o início da greve é dia 07 de maio.

Temos na UFG 2.124 docentes em atividade. Destes 1.575 são filiados ao Adufg-Sindicato, além de 800 aposentados. O resultado do plebiscito indica a ausência de 873 colegas que não opinaram sobre a greve. Trocando em miúdos o percentual dos que votaram a favor da greve é 29,47%.

Mas, do ponto de vista legal, estatutário e democraticamente legítimo, o que importa é o quantitativo de 50%+1, dos votantes, que definiu o resultado do plebiscito, além de considerarmos uma participação significativa para os padrões do movimento em nível nacional. É nisso que pelo aspecto legal temos que nos mirar e focar a luta. Muito embora essa matemática do número de votantes seja importante, porque nos indica a necessidade de dialogarmos ainda com colegas que não votaram, porque, naturalmente, devem obedecer à decisão democrática, não importando o resultado, diferença ou não votantes. Além de também nos indicar o caminho pelo qual devemos seguir, estrategicamente, na condução do movimento, atentando para algumas diferenças em relação ao modelo de organização que tínhamos anteriormente.

Agora o ADUFG é um Sindicato, com abrangência para todo o Estado de Goiás, incluindo aí além da Universidade Federal de Goiás, a Universidade Federal de Jataí e a Universidade Federal de Catalão, que pelo que rege nosso estatuto têm a autonomia para decidirem se entram, ou não em greve. No caso do plebiscito ao qual me refiro e aos encaminhamentos que devemos fazer, diz respeito à UFG.

Mas o que nos diferencia hoje, da forma como lidamos com greves no passado? Exatamente o fato de sermos um Sindicato local, e, portanto, não estamos vinculados a um “sindicato nacional”. Até porque, nossa vinculação estatutária é ao PROIFES- Federação. E isso diz muito sobre a forma como será conduzido o nosso movimento grevista. Para além do que esperneia setores de oposição, o que faz parte da democracia.

Mas a diretoria do Adufg-Sindicato não irá abrir mão da condução da greve, e muito menos da definição quanto às formas de encaminhamentos das questões diretamente ligadas ao movimento. Afinal, foi para isso que fomos eleitos, e estamos atentos e refratários a qualquer tentativa golpista de usurpar nossos comandos. Seguiremos conduzindo as ações de conformidade com nossa prática política, aprovada pela maioria dos sindicalizados, professoras e professores, que elegeram nossa diretoria. 

Outro fator nos diferencia de momentos passados. Estamos hoje vinculados a uma Federação, o Proifes, e não mais ao Andes, pelo simples fato que somos tão sindicato quanto aquele que se diz “nacional” embora não seja. Portanto, pela própria organização nossa, não teremos “Comando de Greve Local”, visto que as ações aqui na UFG serão organizadas e dirigidas pela diretoria do Adufg-Sindicato. Da mesma forma, não enviaremos representante a nenhum “Comando Nacional de Greve”, visto que a forma de organização da Federação é diferenciada. Mas teremos, sim, por indicação da diretoria, representação nossa em Brasília, além dos diretores da Adufg que já fazem parte do Conselho de Representantes, outras pessoas que possam contribuir nos encaminhamentos necessários junto ao PROIFES e aos demais sindicatos que fazem parte da Federação, alguns dos quais em universidades que também definiram por entrar em greve.

É importante salientar que não paramos as negociações. Por meio do Proifes-Federação foi encaminhado na terça-feira (31/04), um ofício ao Ministério de Gestão (MGI), uma nova proposta, que avança em relação ao que o governo apresentou, com indicação de um percentual de reajuste em 2024, e modificação também para os anos seguintes. Isso pode ser verificado por meio do site do Proifes Federação, acessando link: https://proifes.org.br/proifes-entrega-ao-governo-nova-contraproposta-de-reajuste-e-reestruturacao-de-carreira-do-magisterio-superior-e-ebtt/.

Assim, refirmamos nossa prática democrática de negociar, e garantiremos nossa paralização, conforme decisão da categoria por meio da maioria dos votantes no plebiscito, e seguiremos firmes na luta, de conformidade com o que nos foi delegado pelo conjunto das professoras e professores da UFG, entre os que estão em atividades e os que já se aposentaram, e que mantém suas filiações ao Adufg-Sindicato. Tão logo recebamos resposta do governo, por meio da mesa de negociação, chamaremos imediatamente a Assembleia Geral, para definir sobre a aceitação ou não da proposta, e, naturalmente, continuidade ou não da greve.

A LUTA CONTINUA!!


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