A longa noite de
21 anos, consumiu uma geração e usurpou vidas de pessoas valiosas. Mas o que
temos atualmente, além de um aprendiz medíocre de Nero, é uma tempestade
perfeita a nos sucumbir, e nuvens cinzentas, como se bilhões de vírus
sobrevoassem nossas cabeças levando embora boa parte daquela geração que viveu
tempos perversos, ditatoriais, sob a cruel (in)governabilidade de militares que
usurparam o Poder. O Nero pós-moderno, uma fake news da política, louco ou não,
deve ser nossa maior preocupação atualmente. Porque ele, como presidente desse
país, é responsável pela mais incompetente, criminosa e irresponsável condução
de um país diante de uma pandemia terrível.
Omisso, cínico,
desequilibrado, menospreza vidas da nação que governa. Nada há de mais
repugnante na política do que a traição de um governante ao seu povo. A
História já nos deu a dimensão exata do que foi o golpe militar de 1964, bem
como definiu o perfil dos psicopatas, ou sociopatas, que estiveram à frente do
estado (militar) brasileiro naquele período tenebroso. Nos cabe hoje, para além
de reconhecer, e jamais deixar esquecer, o que foi aquele período, nos
voltarmos para essa realidade absurdamente surreal, mas terrivelmente, e
realisticamente perversa, que estamos vivendo.
Não podemos seguir
a estratégia diversionista do insuportável Nero pateta tresloucado, que usa de
todos os artifícios para desviar a atenção dessa tragédia que nos consome. Ele,
e a Covid19, representam os males dessas novas gerações, e simboliza, por suas
ações, uma espécie de vingança pérfida sobre as gerações que reconstruíram a
democracia e redefiniu o papel dos militares no Estado brasileiro.
Expelido da Força,
por essas mesmas características que carrega ainda hoje, prossegue eu seu
intento de sublevar os militares e quebrar a hierarquia, como fez quando foi
condenado por insubordinação e expulso por seus atos e atitudes
desequilibradas. Enquanto o nosso país desaba moralmente, tornando-se um pária
internacional, e o povo brasileiro sucumbe aos milhares, diariamente, por um
vírus trazido das profundezas, sabe-se lá se do mesmo lugar de onde surgiu esse
personagem nefasto, e ambos se tornam protagonista de um dos piores momentos da
história brasileira.
É para hoje, e
para esses personagens, que nossos olhares e nossas preocupações devem se
voltar, sem esquecer a história, mas sabendo que as perversidades atuais também
serão história amanhã. E não podemos ser vistos como quem caiu nas armadilhas
diversionistas de um personagem medíocre. Foco no presente, nas perversidades
que nos governam e na forte compreensão que a história não se repete, mas que
por meio de farsas ela pode nos dar a indicação da tragédia que nos assombra,
nos cerca e nos atinge.
Como diz Paulinho
da Viola, compositor, "Eu não vivo do passado, o passado vive em
mim". E é com as cicatrizes daquele tempo, da noite que durou 21 anos, que
devemos olhar para o que acontece hoje, e imbuído da força que moveu milhares
de brasileiros e brasileiras que se entregaram a uma causa justa, contra a
violência injusta que nos governava durante a ditadura militar, temos que
resistir, numa defensiva estratégica, e impedir que o que vivemos hoje se
prolongue por um longo tempo, como o que se estendeu com a ditadura militar.
A luta é hoje, e
que 2022 seja o limite da insensatez. Daqui para a frente precisamos sair da
defensiva estratégica para a ofensiva que nos fará retomar esse país e
reconstruí-lo em toda a sua plenitude. Para que se complete o ciclo de nossa
história de resgate da memória de luta dos que tombaram vitimados pela
perversão criminosa de uma ditadura militar que nos consumiu por 21 anos.
Thiago de Melo, do
alto de seus 95 anos completados neste mês, em seus poemas brilhantes, e
engajados, nos aponta o rumo: “Não tenho caminho novo/ o que tenho de novo é
o jeito de caminhar./ Mas com a dor dos deserdados/ e o sonho escuro da criança
que dorme com fome/ aprendi que o mundo não é só meu./ Mas sobretudo aprendi/
que na verdade o que importa/ antes que a vida apodreça/ é trabalhar na mudança
do que é preciso mudar/ cada um na sua vez/ cada qual no seu lugar”. E
assim finalizo esse pequeno artigo, na certeza de que precisamos ter foco, estratégia
e força para lutar, escolhendo o caminho certo e o jeito de caminhar.
DITADURA NUNCA
MAIS!!
Vivi intensamente o período da Ditadura. O sonho de Bolsonaro é ser um ditador com o apoio dos militares. Mesmo sendo outros tempos, fiquemos atentos. Um abraço, grande guerreiro.
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