Nunca, em nenhuma época, vivemos acontecimentos de forma tão acelerada e intensa. Milton Santos, que morreu há 15 anos, afirmava em sua obra que analisa o processo da globalização, que vivemos um tempo de transição, que se prolongaria tanto mais quanto se tornasse mais difícil encontrar-se alternativas para superar e substituir um sistema em crise crônica.
Há alguns meses escrevi no Blog um texto, apresentando uma série de artigos em que analisava a atual conjuntura política, e no último parágrafo sintetizei essa situação, de uma transição em lenta agonia, já que as perspectivas de novos caminhos se apresentam numa absoluta incógnita.
“Estamos em meio a uma luta de classes encarniçada, a uma grave crise econômica e, também, em meio a uma transição de um sistema que atingiu seu auge, e consequentemente os limites de suas contradições. Mas, para onde vamos, ainda é uma incógnita, o que só torna a transição mais complexa e mais suscetível a conflitos, enfrentamentos políticos, religiosos e guerras de proporções mundiais. Quando o velho insiste em sobreviver e o novo demora a surgir, em se tratando de formações sociais, temos diante de cada um que vive esses momentos, uma longa, violenta e perigosa transição. Resta-nos a resistência para que dentre os caminhos propostos não nos deparemos com retrocessos, nem nos encaminhemos para um abismo”.
Crise: década de 1970 |
Se o século XX foi intitulado pelo brilhante historiador Eric Hobsbawm, como o breve século, e um dos mais violentos da história, este tem tudo para ser um longo século, porque será arrastado por uma crise de duração prolongada, e quiçá não seja entremeado também por conflitos de dimensão mundial. Registre-se que outro intelectual, um economista, Giovanni Arrighi, já se referira ao século XX, como um longo século, porque foi buscar no entendimento de como a formação dos impérios foi essencial para a consolidação do sistema capitalista, efetivado exatamente no século anterior. O longo, ou o breve século XX, pela abordagem do historiador ou do economista, ambos marxistas, representam uma análise da formação histórica do capitalismo e dos sobressaltos de uma complexa economia, que só vai tornar esse sistema eficaz e vitorioso na segunda metade daquele século.
Mas há um forte diferencial, a tornar longa essa transição. No começo do século XX, uma parte considerável da humanidade acreditava ter ao seu alcance uma alternativa para substituir o sistema capitalista, embora este só tivesse se espalhado por todo o mundo naquele momento, efeito da expansão imperialista. Mas já era visível, principalmente com a grande depressão, que o capitalismo sobrevivia às custas de contorcionismos cada vez mais mirabolantes, salvo em seu extremo, na década de 1930, por uma teoria que tomou emprestado do socialismo, o planejamento e a forte ação estatal, e por uma guerra que destruiu e fez se tornar necessário a reconstrução de uma Europa devastada, que se tornou o laboratório para o keynesianismo e a sobrevida do capitalismo. Mais do que uma sobrevida, o capitalismo foi turbinado pelas novas possibilidades encontradas com as teorias que garantiram o “welfare state” e transformou os EUA no maior credor do mundo.
No entanto, os anos dourados que impulsionaram a economia mundial até a década de 1970 baseava-se fundamentalmente em princípios liberais tradicionais, cujo foco principal era a produção e a circulação de mercadorias, a curta e longa distância. Muito embora seus fundamentos inspirarem-se no livre mercado, todo o seu impulso contou sempre com a intervenção do estado. Isso se intensificou com o keynesianismo, e, por outro lado, com os movimentos nacionalistas nos processos de lutas anticolonialistas. A existência de uma forte corrente pró-socialismo manteve esse comportamento nas medidas econômicas que vigoraram até o final dos anos 1970. Os anos 80 puseram em xeque a tendência natural do capitalismo: seu caráter marcadamente expansionista.
Com as economias esgotadas, naquela que ficou conhecida como “a década perdida”, restou aos estados hegemônicos apressar a derrubada dos países socialistas, envolvidos internamente com o esgotamento de um modelo que não conseguiu se expandir para garantir condições de vida que se aproximasse das melhorias conquistadas pelas populações dos países europeus, cujas economias foram injetadas pelo Plano Marshall no pós-guerra.
No fim da década, a queda do socialismo e, principalmente, após a dissolução da União Soviética, o caminho abriu-se para uma reestruturação no capitalismo. Seja mediante uma expansão em direção ao leste europeu, e até mesmo penetrando nas fronteiras caucasianas e na Rússia, ou disseminando pelo restante do mundo a necessidade de desregulamentação da economia, reduzindo a intervenção do Estado na economia e derrotando as políticas nacionalistas protecionistas naqueles países periféricos, ou então vistos como subdesenvolvidos. Pela nova lógica que se disseminava, o nacionalismo e o excesso de intervenção do Estado eram fatores para manterem essas economias fragilizadas.
Esse processo tem sido analisado com mais intensidade na última década. No entanto, muito embora as vozes críticas da globalização, e das políticas neoliberais, fossem sistematicamente desqualificadas, desde o início desse processo já se analisavam as terríveis consequências de políticas econômicas cujo foco era tão somente atender os interesses dos que controlavam o dinheiro, e buscavam novas formas de garantir a acumulação, mediante medidas que facilitassem a circulação do capital e sua aplicação ao redor do mundo.
A partir de então, e numa rapidez estonteante, escorados em novas tecnologias, o dinheiro circulou o mundo com mais liberdades, e se multiplicaram as aquisições e fusões de grandes empresas, levando à concentração da riqueza de forma ainda mais visível. Proporcionalmente reduziu-se o percentual daqueles que concentravam a maior parte dessa riqueza. Ou seja, um número cada vez menor de pessoas, passava a controlar uma quantidade cada vez maior de dinheiro. O oligopólio passou a caracterizar essa nova etapa, e o poder das grandes corporações assumiu uma dimensão espantosa.
A ganância atingiu todos os recantos do planeta numa força impressionante. Ideologicamente houve uma mudança na maneira de entender o liberalismo, mas isso foi facilmente disseminado com um marketing violento, por meio da imprensa, do cinema, das propagandas. Tornou-se uma verdade absoluta render homenagem ao sucesso da globalização. Praticamente não se falava mais de outras alternativas ao capitalismo, e os que ousavam enfrentar o “pensamento único” eram vistos como vozes que pregavam teorias ultrapassadas, e, aproveitando o sucesso dos “blackbusters” de Spielberg, apelidados de “jurássicos” e afrontados ironicamente.
Mas os protagonistas do sistema tomaram um rumo semelhante ao jogador viciado que não consegue abandonar a banca de jogo, presos pela cobiça. Tão rápido quanto os avanços tecnológicos, foram os mecanismos inovadores nas formas de se ganhar dinheiro fácil, através das oportunidades com que se podia investir em empresas por meio de bolsas de valores 24 horas por dia, em todos os cantos do planeta. Principalmente naqueles países mais frágeis, cujas pressões das organizações globais encarregadas de padronizar as políticas econômicas, se davam mais facilmente, como decorrência dos comportamentos submissos das elites locais. Os juros extremamente elevados criaram portos seguros para investidores usuráveis, e eram garantidos pelas pressões exercidas pelas governanças globais, que impediam qualquer tipo de controle sobre os recursos investidos e dificultavam a adoção de medidas que taxassem seus investimentos no mercado especulativo, sem nenhuma preocupação com as condições econômicas desses países. O “rentismo” passou a se constituir na mais nova forma de se acumular dinheiro, uma nova característica do capitalismo, e criou um novo tipo de burguesia, mais preocupada com as oscilações das bolsas de valores do que com a capacidade de consumo para investimentos produtivos.
No entanto, o sistema não se recuperara por completo da crise iniciada na década de 1970. Muito embora a globalização se apresentasse como a consolidação definitiva do capitalismo, o rumo que o mundo tomou, com o crescimento da ganância e a redução do controle sobre a economia, abriu rombos que deixou incertezas e muitas dúvidas sobre a capacidade de recuperação. Mas isso só era visto por um grupo pequeno de economistas, ou de ativistas políticos ideologicamente avesso ao capitalismo, suas credibilidades eram postas em xeques e suas críticas não eram repercutidas pela grande imprensa.
Tudo se tornou visível, após esse período de inebriamento e crescente ganância, quando em 2008, rendendo-se aos fatos a grande mídia noticiou ao mundo o que alguns economistas já alertavam, sem serem ouvidos: o sistema financeiro estava à beira do “crash”. A quebradeira acontecia e arrastava a economia em meio a escombros de um tsunami econômico e social, de proporções imprevisíveis.
O ponto fora da curva teria sido as especulações feitas por meio de hipotecas no mercado imobiliário estadunidense. Mas esse foi apenas um fator, outros já vinham causando fissuras na estrutura do capitalismo. Desde os ataques ao World Trade Center, aos gastos milionários com as invasões do Iraque e Afeganistão, e a desastrosa “guerra ao terror”, além dos vai-e-vem no preço dos barris de petróleo, tudo isso e mais outros motivos, se juntaram a absoluta falta de controle de um sistema que perdeu a capacidade de se contentar com os lucros obtidos a partir de investimentos produtivos, e se transformou em um verdadeiro cassino global, e, como em todas situações que envolvem jogo, somente os donos das bancas lucram, ou um ou outro afortunado que aposta quantias elevadas e conhecem os mecanismos de burlar o sistema.
Segue-se a esse absoluto descontrole da forma de funcionamento do sistema capitalista, toda uma série de acontecimentos que acompanha um novo modelo posto em prática nas últimas décadas, de maior intensidade nos mecanismos perversos de gerar desigualdades. O vale tudo, causado pela intensidade de um comportamento individualista, gerado pela onda da oportunidade e da competência, consolidada na meritocracia, tornou a sociedade adepta de um comportamento mais frio, pragmático e focada no sucesso a qualquer preço. Os exemplos pinçados numa realidade absolutamente diferente, são apresentados como sinônimo de dedicação e esforço do trabalho e da inteligência.
Antecedeu-se a toda uma nova formulação de comportamentos um receituário ideológico, adredemente vinculado ao caminho para o bem-estar individual e familiar, que se disseminou via ideologia neoliberal, cujos discursos se fundamentava nas questões postas no parágrafo anterior, e se espalhou pela grande mídia e nas igrejas neopentecostais. Nestas, a “teologia da prosperidade” procurou inculcar nos indivíduos a crença secular, pregada por alguns setores do protestantismo, notadamente os de origem estadunidenses, de que pela dedicação à fé e aceitação da ordem, se atingiria o sucesso, sendo este a recompensa da fidelidade como uma resposta divina, a prova de ser Deus fiel a quem lhe é fiel. O oposto às pregações do cristianismo primitivo, surgido como questionador das injustiças, da cobiça e da usura.
Por todos esses anos, deste novo século, escandalosamente acontecia o contrário do que se propagandeava com a globalização. A concentração de riqueza atingiu um patamar escandaloso diante de uma realidade desigual e ampliou-se o fosso entre ricos e pobres. E a pobreza, em larga escala, que se concentrava nos países pobres, espalhou-se pelos países mais desenvolvidos, como consequência do deslocamento de fábricas, a extinção de empregos e o aumento do número de moradores de ruas, ou da favelização.
Embora tenha havido uma pequena recuperação, nos dois últimos anos, ela está longe de representar uma saída para a crise, e em muitos casos, a retomada do nível de empregos está relacionado à busca de novas alternativas individuais, formal ou informal, ou a reabsorção de muitos desempregados em um mercado de trabalho cujo valor da mão de obra decaiu consideravelmente. Boa parte dos que retornaram à atividade laboral, o fizeram em outras funções, sendo forçados a aceitarem salários bem inferiores aos que possuíam anteriormente.
Mas, com a financeirização do sistema capitalista, e uma nova classe de novos ricos decorrente do deslocamento do centro gerador de lucros, já não tanto no setor produtivo, mas principalmente em negócios especulativos do mercado de ações, as condições econômicas acentuaram a concentração de rendas, e quanto mais lucravam, mais essa nova burguesia se tornava insensível e mais gananciosa.
Os Estados tornaram-se, então, reféns de um número cada vez menor de empresas, concentradas em processos inexplicáveis de fusões, consolidando um novo ciclo econômico, baseado nos oligopólios, no poder concentrado de grandes corporações e de poucas famílias de bilionários.
No entanto, isso não seria possível, apesar da violência como essas transformações se deram, principalmente passando por cima das soberanias dos países mais pobres, e agressivamente controlando suas economias, se não houvesse um processo de verdadeira lavagem cerebral nas pessoas, de convencimento sobre o final definitivo da humanidade nas hordas do capitalismo. Todas as armas foram utilizadas para isso, e naqueles países onde as políticas não atendiam a esses interesses houve uma verdadeira guerrilha midiática, a desacreditar outras alternativas que estivessem sendo construídas, fora da ordem estabelecida pelas governanças globais e pelo Consenso de Washington.
Desestabilizar governos que contraditavam essas verdades absolutas neoliberais, passou a ser uma estratégia a substituir as velhas intervenções militares. Os golpes de estado tornaram-se legitimados pela multidão cega, posta nas ruas pelas propagandas das corporações midiáticas, e, absolutamente alienadas quanto à realidade de uma crise sistêmica e mundial. A cegueira ideológica e o efeito manada constituiu-se em uma nova arma, para impedir que, mesmo em crise, a hegemonia do poder central neoliberal fosse ameaçada. Muito embora esteja em franca decadência, este centro, os EUA, mantém-se ainda como uma forte economia e, principalmente, com um poder bélico inatacável, a não ser por tresloucados militantes sectários a buscarem o paraíso para seus atos de “coragem” explosivas.
Mas, como na expectativa de Marx, considerando-se uma realidade em crise e a ampliação de suas contradições, não pode ser menosprezada a possibilidade de que elas ocorram internamente. Isso já é possível de se verificar no caos em que vivem algumas dessas sociedades, seja pelo constante medo de ações terroristas, ou pelas próprias loucuras gestadas internamente em ações que podem transformar alguns desses países, em especial os EUA, em ambientes de permanente terror, decorrente de confrontos alimentados pela luta de classes e pelo grau crescente de intolerância étnica, de cor, às escolhas sexuais e aos estrangeiros.
Contudo, se essa é uma possibilidade a estremecer os alicerces de alguns desses países, por outro lado a crise desperta antigas rixas, na disputa por espaços que garantam a hegemonia em um tempo fragmentado e de poderes cambaleantes. O temor histórico do avanço do urso em direção à Europa, algo já temido desde o começo dos séculos XX e assim alertado por um dos proeminentes geopolíticos britânicos, Sir Halford Mackinder, reacende agora com uma força ameaçadora, diante das estrepolias estratégicas de um ex integrante do serviço secreto soviético, a temida KGB onde chegou até o posto de coronel: Vladimir Putin.
Como a reportar os períodos que antecederam as duas grandes guerras mundiais, e, sintomaticamente, esses períodos foram marcados por crises econômicas estruturais (1905-1914 e 1930-1937). A primeira de característica expansionista, uma crise gerada pelo crescimento do capitalismo e pela disputa dos grandes impérios pelo mercado mundial. A segunda, de caráter recessivo, que irrompeu numa terrível depressão que afetou quase de morte o sistema capitalista.
Desta feita, diante de uma crise que já se prolonga há mais de uma década, velhas rivalidades retornam, mas o significado dessas estratégias é o mesmo, despertar o caráter destrutivo do sistema, identificado pela economista Naomi Klein, como de “Capitalismo de desastre”, pelo qual as guerras e as catástrofes são colocadas na conta de ótimas oportunidades para reconstruir um mundo devastado e recuperar economias centrais.
Enquanto isso se dissemina pela sociedade os sintomas de um ambiente criado ao sabor dessas grandes disputas, dos podres poderes, das formas de desenvolvimento que definem as relações sociais. Momentos de crises são oportunos para o surgimento de comportamentos radicalizados, a defender ou a defenestrar os governos que comandam os estados. Porque, tal qual argumenta a historiadora estadunidense, Ellen Wood, a burguesia conseguiu gerar uma cultura em meio ao povo que a torna onipresente nos momentos de crises. O povo, em sua revolta contra as condições que o mantém refém de economias recessivas, ou diante de situações em que lhe é negado a mínima dignidade de sobrevivência, com desemprego crescente, ataca de forma violenta os que governam, e o Estado, mas não se volta com a mesma virulência contra a classe que detém o controle da riqueza, dos meios de produção. Falta-lhe consciência para transformar um sentimento de ódio pelas injustiças, em razões que transforme as estruturas sociais.
Violência em larga escala, comportamentos intolerantes contra as liberdades individuais, tentativa de controle dos desejos, criminalidade tratada somente como desvio de caráter e não como uma patologia social, disrupção familiar, ódio étnico e preconceito contra as diferenças, de sexo, cor e formas do corpo, definido por valores e padrões estabelecidos pela classe dominante, tudo isso se choca e explode em tempos de crise.
Sem enxergar alternativas para um sistema cambaleante o sintoma invisível é o de uma longa transição, em que o novo demora a despontar, e o velho, já desgastado, joga as últimas cartadas num jogo viciado, enxergando no caos as poucas possibilidades de reestruturação. Como há milênios, nas longas guerras em que os que morrem são os que não possuem as riquezas, constroem-se impasses a fim de preservar privilégios, ou de ampliá-los, ao fim de destruições perversas.
Mas seja pela guerra, ou pela própria forma injusta de concentrar riquezas e distribuir miséria, a morte é uma frequentadora contumaz nos territórios pobres e periféricos. E, no entanto, como a cegar os que são induzidos ideologicamente a acreditar na crença da fatalidade capitalista, o próprio povo anseia por se ver protegido pela segurança armada a serviço da classe que lhe oprime. E este mesmo povo se distingue esculhambando-se enquanto pobres, e entronizando por meio de deslumbramentos doentios, os que despontam e enriquecem, pelos mecanismos ditos “meritocráticos”. É como concordar com um veredito decidido antes de qualquer crime, pois que senão pela recusa da própria existência, negada como real, e pela aceitação virtual de uma improvável ascensão de uma pirâmide cujo topo se limita pela riqueza, mas, principalmente, pela origem de classe.
Este mundo maravilhoso, assim cantado na magnífica voz de Louis Armstrong, “com o brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite”, só garantirá a efetiva liberdade quando a opressão de classe desaparecer, e as desigualdades abissais não sirvam para definir critérios de caráter entre as pessoas. Só assim podemos acreditar que os bebês que vão nascer, “irão aprender muito mais do que eu jamais vou saber”. E esse algo mais, talvez seja a velha capacidade de poder dividir o que produzimos, mediante o velho altruísmo, qualidade que nos fez sobreviver em nosso processo de adaptação à ambientes inóspitos, e garantiu a sobrevivência, até aqui, da raça humana. Assim, una, etnicamente diversa, somente vista como várias pela capacidade adquirida em sistemas perversos, que impõe a poucos o controle da vida de muitos, tornando-os diferentes embora iguais.
Quando superarmos os milênios que nos separaram da nossa capacidade altruística, voltaremos a ser humanos, e a vivermos no mundo cantado por Armstrong. Aí poderemos dizer: “What a wonderful world”.
Isto é possível!
REFERÊNCIAS:
ARMSTRONG, Louis. What a wonderful world. https://www.youtube.com/watch?v=oGmRKWJdwBc
ARRIGUI, Giovanni. O longo século XX. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 2012
HOBSBAWM, Eric. O breve século XX. São Paulo: Cia. das Letras, 2008
MACKINDER, Halford. O Pivô geográfico da história. São Paulo: Geousp, Espaço e tempo, nº 29, pág. 87-100, 2011.
SANTOS, Milton Santos. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2011.
PIKETTI, Thomas. O Capital no Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2014
WOOD, Ellen Meiksins. O Império do Capital. São Paulo: Boitempo Edtorial, 2014.
http://www.defesanet.com.br/otan/noticia/22863/OTAN-determina-reforco-militar-no-leste/
http://informacionaldesnudo.com/mapa-cuales-son-los-paises-mas-endeudados-del-mundo/
* Este artigo foi publicado em julho de 2016 com o título: "Cronicas de um mundo em transe - Atingimos o auge das contradições?"
* Este artigo foi publicado em julho de 2016 com o título: "Cronicas de um mundo em transe - Atingimos o auge das contradições?"
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