segunda-feira, 26 de março de 2012

AS ORIGENS DA INTOLERÂNCIA E O FASCISMO MODERNO

A sociedade brasileira, historicamente, sempre foi "racista". Isso é consequência da formação cultural de um povo que por longo tempo aceitava como dentro da normalidade o tratamento diferenciado a pessoas de cor negra e de classes sociais mais pobres. Por muito tempo também, essas imposições que estavam impregnadas nas relações sociais, eram tão marcantes, e impositivas, que aqueles que eram vítimas do preconceito pouco reagiam, como se aquela condição viesse determinada por alguma designação divina. Quem nasceu antes da década de 80 sempre se deparou com frases o tipo: “Ah, meu filho, é assim mesmo, Deus é quem quer assim”.
E assim, imposto pelas relações de classes a partir de um regime escravocrata, sob a cumplicidade da igreja e a conformação dos fiéis, culturalmente fomos treinados a aceitar tais diferenças como normais. Os que ousassem se bater contra a estratificação social, que prevaleceu em nosso país desde os seus primórdios, eram de diversas formas, segundo sua época, considerados subversivos. A reação era violenta, porque a classe dominante temia as revoltas populares.
spaceblog
As mudanças, no entanto, vieram a partir do século XX. Seja pela iniciativa de grupos de intelectuais, que passavam a questionar os valores dominantes, pelas várias rebeliões populares que aconteceram e/ou pelo fortalecimento do socialismo, no Brasil e no mundo. Mas a consolidação de direitos, e de medidas legais contra o preconceito é bem recente, data da elaboração da Constituição de 1985, juntamente com a criação de instrumentos de punição, como o Ministério Público, instituições que surgiram e se fortaleceram, sem vínculos diretos com o Estado, mas também com a criação de Ministérios e Secretarias voltadas para a defesa dos direitos humanos.
Do ponto de vista científico muitos avanços em pesquisas contribuíram para derrubar vários mitos, criados com o intuito de manter as pessoas acomodadas. O principal deles diz respeito à teoria de que o mundo é constituído por raças, sendo algumas delas consideradas superiores. Mais uma vez a religião foi utilizada para reafirmar essas crenças, possibilitando que inúmeras tragédias e genocídios fossem cometidos. As classes e “raças” inferiores não tinham o direito de se insurgirem, e se assim o fizessem, poderiam ser eliminadas sem que isso pudesse se constituir em crime. Mas a ciência desmontou essa farsa, tornada uma arma política para dominar povos mais fracos. Raças não existem. Os povos se diferenciam por seus ambientes, pela necessidade de adaptação a situações diversas, o que os tornam diferentes. Mas todos os seres humanos carregam em sua formação biológica as mesmas características impressas no DNA, com pequenas diferenças que nos distingue uns dos outros.
Mas, por vivermos em ambientes diferentes e termos que nos adaptarmos a eles, criamos resistências que com o tempo definem o nosso perfil, as nossas características, a nossa cor. Também por isso cultivamos hábitos diferentes, seja na forma de nos relacionarmos ou na maneira como nos alimentamos. O próprio DNA vai definir nossas proximidades parentais, tornando aqueles de cada grupo mais ou menos parecidos, o que cientificamente passou a ser conhecido como diferenças, ou semelhanças étnicas. São etnias, e não raças, que se espalharam pelo mundo. Afinal, somos todos componentes de uma única raça. Somos humanos.
As diferenças, no entanto, foram sempre objetos de manipulação pelos que buscavam exercer o controle sobre regiões e territórios ricos e estrategicamente importantes. Isso potencializado pelas religiões, todas elas, como um dos instrumentos mais eficazes para justificar o direito à servidão ou à escravidão. Mas isso não se deu somente em relação à dominação que o branco vai exercer, consequência de todo o processo de colonização europeia. Antes disso, mulheres, judeus e homossexuais, padeceram por toda a idade média, rejeitados pelos livros sagrados que traziam em seus parágrafos e parábolas toda uma carga negativa contra essas camadas sociais. Acrescente-se a isso, com a expansão colonial e a descoberta de riquezas na África e na América, os negros e os índios.
Mas a igreja permanece entre as instituições mais importantes para reforçar uma série de estigmas. E isso se reforça, na medida em que a concentração das pessoas nas cidades aumenta, o número de templos se reproduz aceleradamente e um verdadeiro poder intimidatório, armado, torna as diversas igrejas, principalmente da religião católica e muçulmana, verdadeiros instrumentos de dominação mediante o controle das consciências, mas também com um aparato militar poderoso a deflagrar guerras santas contra os que se opusessem a aceitar a influência e o poder de uma delas.
O maniqueísmo, trazido dos tempos antigos, donde vigorou por volta do século III, determinava a existência permanente de um antagonismo, expresso em dois princípios irredutíveis, Deus e o bem absoluto, e o Diabo, ou o mal absoluto. Embora perseguidos por muitos séculos, os adeptos do maniqueísmo sincretizaram esses valores de praticamente todas as grandes religiões. Judaísmo, islamismo, cristianismo, e até o zoroastrismo, fundamentaram seus dogmas escorados nessa dicotomia. Obviamente, o mal se manifesta não somente, mas principalmente entre aqueles que não aceitam aquela divindade religiosa. Isso serviu, ao longo dos séculos, para justificar comportamentos intolerantes e guerras que passavam a serem justificadas como santas, com objetivo de converter impuros e hereges. Daí se origina a velha expressão: “ficar entre a cruz e a espada”.
Por toda a idade média acusações contra os que não seguiam os credos da religião dominante serviam como pretexto para condenações de bruxarias, heresias, e outros argumentos que tinham o intuito de forçar a aceitação daqueles valores religiosos. Sempre em plena harmonia com os interesses da classe dominante naquela e em cada época. Guerras e execuções monstruosas partiam de comportamentos intolerantes da não aceitação das diferenças, e, principalmente, da livre escolha de cada um sobre a maneira de ver o mundo e de se comportar perante ele. O que era permitido estava nos limites do que era tolerado pelas crenças religiosas, do apego a valores culturais escritos em milenares livros sagrados, em condições históricas e sociais completamente distintas. 
O dogma, a crença inamovível, que constitui a espinha dorsal dessas religiões, sempre carregou preconceitos de outras épocas, aceitas como princípios e valores que não podem ser contrariados. As mulheres sempre foram as principais vítimas dessas intolerâncias, submetidas aos papéis mais pecaminosos e à condição de submissão diante do poder autoritário do homem. Mas elas mudam com o passar do tempo, na medida em que os grupos sociais submetidos ao preconceito conquistam vitórias e obtém, mediante lutas de décadas, leis que lhes favoreçam. Mas a partir daí preconceitos e atos de intolerância ora escondem-se em comportamentos hipócritas, ora assumem-se de formas violentas e fatais.
Guerra dos 30 anos -
guerras.brasilescola.com
Com o capitalismo essas intolerâncias assumem novos contornos. A burguesia, é fato, necessitava romper com os valores culturais que vigorou por toda a idade média, e mesmo antes. Para isso era preciso não somente agir com dureza contra a nobreza decadente, mas também contra a instituição religiosa que determinava regras que a impediam de consolidar o seu poder dominante, naquele momento em ascensão. Por isso a divisão que surgiu no cristianismo foi um fator importante para a consolidação de novos preceitos dogmáticos. O Estado capitalista assumiu a condução não somente das questões econômicas, mas também dos novos valores baseados, pelo menos em teoria, na liberdade, igualdade e fraternidade. Teoricamente também, os credos religiosos deveriam se submeter a esse novo poder estatal e a uma carta constitucional que deveria ser laica, a fim de garantir os preceitos democráticos, que deveria atender a todos indistintamente.
Mas na prática as coisas não aconteceram assim. Por trás das leis permaneciam resquícios de hábitos que continuavam impregnados naqueles valores milenares, e se ampliavam com uma nova lógica que determinava as diferenças a partir da capacidade do indivíduo de acumular riqueza. Assim, além das mulheres, homossexuais, negros, índios, também os pobres passavam a se constituir em alvos de intolerância, por se deslocarem para aqueles lugares que oferecessem as melhores alternativas de sobrevivência. Muitas vezes estranhos àqueles ambientes essas pessoas tornavam-se malquistas por representarem ameaças aos indivíduos nascidos no lugar. Os estilos de vida diferentes, a cor da pele, e até mesmo as diferenças religiosas, e já não mais somente contra os judeus, passaram a definir uma nova lógica maniqueísta, a ponto de culminar com uma guerra de proporção mundial, com crimes coletivos aterradores.
geografiaetal.blogspot
O mundo mudou, a luta em defesa da democracia prevaleceu e muitas conquistas foram obtidas, principalmente como decorrência da derrota do nazismo e do fascismo, que em certo momento da história simbolizaram esse ambiente de acirramento das intolerâncias. Mas, sempre que uma determinada sociedade entrava em crise, sintomas crescentes de comportamentos intolerantes tornavam-se mais frequentes. E isso atingiu o auge, nesses novos tempos inaugurados com a chamada globalização e o crescente individualismo. Como em outras épocas a religião carrega isso impregnado em novos valores, agora denominado de “teoria da prosperidade”. Nas sociedades em que não é o cristianismo que impera a reação cresce na contraposição aos “valores ocidentais”, e opõe cristãos x muçulmanos, cristãos x católicos, muçulmanos x judeus. Em todas elas, carregando dogmas seculares, se mantém e se acirram com as crises, a reação contra ateus, homossexuais e a preocupação em não dar às mulheres a plena condição de decidir sobre seu corpo. Elas sempre foram vítimas de preconceitos em todas as religiões.
E isso explica toda a violência que se mantém até os dias de hoje. Ora, de onde são retirados todos os ódios que se dirigem aos mesmos alvos de tantos séculos? As piadas, os constrangimentos, as brutalidades, se disseminam com a mesma estupidez de sempre, mas vêm carregadas de novos estigmas. Novos na forma, antigos no conteúdo, pois seguem a mesma lógica. Mulheres continuam sendo agredidas, embora leis cada vez mais duras sejam criadas; homossexuais são atacados, espancados e assassinados, e tanto quanto as mulheres são impedidos de definir o que fazer de seus corpos, e de suas escolhas sexuais; pobres, são vistos como ameaças a jovens que se julgam no direito de determinar quem deve se dar bem nos vários lugares, cidades, estados ou nações; e os ateus, cujo crime é buscar ver  a vida na compreensão de que a explicação para tudo o que nos cerca encontra-se na própria biodiversidade em plena transformação desde milhões de anos e de que a crença em um deus é uma das mais perfeitas criações humanas.
presoporfora.blogspot
Mas, então, o que explica o fato de mesmo após de tantas conquistas e leis tais preconceitos e atos intolerantes permanecerem? A religião. Nesta nova etapa da vida humana, século XXI, potencializada pela mais perversa delas, a do capital. Essa, nos dias de hoje definem o fascismo moderno, acentuado nesses anos de globalização neoliberal, cujos alicerces se sustentam no individualismo, no egoísmo e na ganância. O mesmo capital que se torna a causa que motiva guerras religiosas, seja na disputa por territórios sagrados, de enorme riqueza mineral, ou pela ferrenha disputa pelos dízimos de milhões de ingênuos seguidores de pretensos apóstolos divinos. A religião do capital impregnou a sociedade e fez aumentar a intolerância religiosa, porque quanto mais a disputa pelo dinheiro seja o fator primordial, mas se tem a necessidade de defendê-lo e ampliar constantemente a possibilidade de maiores ganhos.
Em contrapartida, mas também marchando lado a lado com os interesses religiosos seculares, a disputa pelo poder, a política, e a crescente radicalidade de discursos xenófobos (de aversão ao estrangeiro), moralistas e preconceituosos. Na disputa pelo poder, o grande Poder, a mídia, entra com sua parcela considerável de culpa, ao posicionar-se ao lado de partidos e de políticos que assumem comportamentos fundados na intolerância. A campanha que se fez para desmoralizar um presidente de origem pobre, nordestina e trabalhador, deu ênfase a discursos fascistas, notadamente de setores das classes dominantes, e a razão clara disso era explícita, conter a ascensão de personagens que não estivessem diretamente vinculados às elites secularmente dominantes.
Isso se expressou não somente nos períodos eleitorais, mas na aversão às políticas de inclusão social que buscavam minimamente resgatar dívidas causadas por esses valores culturais anteriormente criticados. As políticas de cotas tornaram-se alvos de articulistas reacionários, juntamente com um dos maiores programas de inclusão social do mundo, o bolsa família. Isso significou para essas camadas pretensamente inferiores uma ameaça, o "pérfido comunismo" se aproximava do Brasil e ameaçava os possuidores da riqueza. E se repetiu quando da possibilidade de ascensão de uma mulher para presidir o nosso país. A ex-guerrilheira, em tempos de falta de espaços políticos livres, tornava-se a nova ameaça aos velhos valores, e abria-se uma nova guerra santa diante da eminência de o aborto tornar-se pauta política. Os velhos sicofantas religiosos arrepiaram-se e afiaram seus discursos, tentando impor a todos suas velhas crenças. Mantém-se os vícios autoritários medievais, pelos quais ninguém poderia decidir sobre seus corpos e suas consciências.
Com isso a radicalidade do discurso preconceituoso e intolerante construiu nos templos, nas redações, nas escolas, nas ruas estressantes e pecaminosas, os novos fascistas, remanescentes de práticas seculares, tão estúpidos e criminosos quanto todas as demais épocas da história. Mas, muito embora a época moderna traduz-se pelos avanços de leis democráticas, a dependência da decisão de uma justiça refém também de valores antigos, e presa aos interesses da elite dominante, reforça a velha sensação de impunidade que mantém as cadeias abertas apenas para os pobres. E ainda no âmbito da justiça, esses fascistas modernos se municiam não somente de velhas crenças, mas também se cercam de bancas de advocacias especializadas em livrar garotos malcriados, que agem criminosamente fiando-se na impunidade do que o dinheiro proporciona, nas brechas da lei e no censo carcerário, onde 70% não completou o primeiro grau e cerca de 10% é analfabeto. Ou seja, se a cadeia é feita para o pobre, o que impede neo-fascistas e neo-nazistas oriundos de famílias ricas, de agirem contra o que eles consideram escória?
O fascismo moderno, enfim, não aparece espontaneamente na cabeça de jovens. É fruto de teorias preconceituosas e de instrumentos sociais que criam e reforçam valores que se baseiam na intolerância, na não aceitação das diferenças, e na liberdade de as pessoas definirem suas opções sexuais. Como na atitude bizonha e estúpida de um deputado pastor que pretende criar medidas que desfaçam a opção sexual de gays.
Tudo isso faz parte de dogmas que permanecem sendo instigados de forma instrumental em templos, tabernáculos, igrejas e mesquitas de todo o mundo, muito embora não se constitua em regra geral nem tenha relação com a fé individual, de cada pessoa, com sua legítima crença e liberdade de acreditar no que lhe convier.
São teorias também que fundamentam programas partidários que representam setores econômicos dominantes e a classe média alta, mas que pelo reforço ideológico religioso dissemina-se indistintamente por todas as demais classes sociais, apontam para perigosos caminhos, e se refletem de forma mais agressivas em alguns países, mas tendem a se expandir na medida do crescimento da crise econômica.


SUGESTÃO DE FILMES:

ALEXANDRIA
Sob o domínio Romano, a cidade de Alexandria é palco de uma das mais violentas rebeliões religiosas de toda história antiga. Judeus e Cristãos disputam a soberaniapolítica, econômica e religiosa da cidade. Entre o conflito, a bela e brilhante astrônoma Hypatia (Rachel Weisz) lidera um grupo de discipulos que luta para preservar a biblioteca de Alexandria. Dois deles disputam o seu amor: o prefeito Orestes (Oscar Isaac) e o jovem escravo Davus (Max Minghella). Entretanto, Hypatia terá que arriscar s sua vida em uma batalha histórica que mudará o destino da humanidade.

Informações Técnicas:
Título no Brasil:  Alexandria
Título Original:  Agora
País de Origem:  Espanha
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento:  2009
Direção:  Alejandro Amenábar
  
Elenco
Rachel Weisz ... Hypatia
Max Minghella ... Davus
Oscar Isaac ... Orestes

O NOME DA ROSA
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.

Informações Técnicas:
TÍTULO DO FILME: O NOME DA ROSA (The Name of the Rose, ALE/FRA/ITA 1986)
DIREÇÃO: Jean Jacques Annaud
ELENCO: Sean Conery, F. Murray Abraham, Cristian Slater. 130 min, Globo Vídeo

PHILADÉLFIA
Saudado como um marco do cinema, de profunda emoção e atuações excepcionais, Filadélfia é estrelado por Tom Hanks e Denzel Washington como dois advogados competentes que juntam forças para processar uma prestigiada firma de advocacia por discriminação da doença. E, alimentados por sua improvável mas crescente amizade, eles superam com coragem o preconceito e a corrupção de seus poderosos adversários.
Informações Técnicas
Título Original:  Philadelphia
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento:  1993
Direção:  Jonathan Demme
  
Elenco
Tom Hanks ... Andrew Beckett
Denzel Washington ... Joe Miller

ARMAS, GERMES E AÇO (DOCUMENTÁRIO)

Em seu premiado livro "Armas, Germes e Aço", o escritor Jared Diamond tentava responder: "Por que algumas sociedades florescem mais do que as outras?".
Este documentário é uma extensão de suas teorias, gravado em quatro continentes e misturando cenas atuais, entrevistas com historiadores, arqueólogos e cientistas, reconstrução histórica e animação computadorizada, traçando a jornada humana desde o nascimento da agricultura até a realidade da vida no século 21. 

Direção: Tim Lambert
Apresentação: Jared Diamonds

2 comentários:

  1. Romualdo,
    Excelente texto. Parabéns.
    Renato.

    ResponderExcluir
  2. “Nenhuma Guerra pode ser santa, isso é uma contradição em termos”.E no texto quando é citado a seguinte frase “Novos na forma, antigos no conteúdo, pois seguem a mesma lógica.” isso me remete a mais uma vez confirmar que o problema é a Religião. Não generalizando o termo, mais a forma, a lógica que ela ocorre no espaço e no tempo. A Igreja, assim como o modo de produção implica uma determinada organização do espaço conforme sua lógica de produção e a mesma nada mais é do que, manipuladora.
    O espaço é desigual, conforme o capitalismo é desigual entre a população. E o problema está no modo de produção e não no sujeito que interage no espaço.Temos que entender que essa “diversidade” é fruto do modo de produção. Não há como entender o modo de produção sem antes entender como o mesmo funciona. O filme “O nome da rosa” que é uma reprodução de 1327, nos mostra diversos fatores; A inquisição, a pobreza do clero, os irmãos Franciscanos, monges,etc. É colocado mais uma vez o que é colocado hoje nas igrejas “Tudo que ofereces no Reino de Deus, será gratificado no paraíso”. O papel da igreja no inicio era unificar,hoje é passar medo. Explica ai a imagem do diabo, a subordinação, obediência.
    Porém temos algo que difere, antes o preconceito era do conhecimento e não da raça. Então creio que para compreender o hoje temos que entender o antes. Isso implica uma análise longa e bem pesquisada. Não basta pegar informações (re)processadas por mídias e redes de internet censuradas e tendenciosas. A violência aplicada aos sujeitos hoje nada mais é do que fruto do Estado conivente , da Igreja manipuladora e alienadora que por conseguinte leva aos modos de produção, em essência o Capitalismo.

    ResponderExcluir