Retorno às minhas publicações neste meu blog, bem como no meu canal no YouTube, depois de algum tempo de inatividade por questões pessoais que abordarei em outra oportunidade.
Aqui o que desejo
é apresentar alguns argumentos, ou contra-argumentos, às insídias, postas por
quem deseja criar narrativas que visam desconstruir todo o trabalho que temos
desenvolvido no Adufg-Sindicato, mesmo sendo este considerado um dos mais
ativos e de melhor estrutura em todo o país, quando se fala de entidades ligadas
às universidades.
Evidente que
eleição trás sempre, por oposição, posturas que visam desqualificar,
desconstruir, ou até mesmo negar tudo que esteja sendo feito. O objetivo,
naturalmente, é ganhar o controle do sindicato. Tudo bem que isso seja da
própria natureza do nosso movimento. Mas, infelizmente, a maneira como se
conduz uma campanha eleitoral, seja em qualquer dimensão, em nossa sociedade,
tem sido nos últimos anos, talvez nesta última década, da utilização de
mentiras, ou como se convencionou chamar “fakenews”.
A universidade não
é um universo paralelo. Ela é parte de nossa sociedade, e tal qual esta
reproduz sentimentos, qualidades, defeitos e ressentimentos. Situações
complexas, relacionadas ao nosso trabalho, ou a estrutura da universidade que
nos contrarie, ou até mesmo as decisões políticas de governos que nos atinge
profissionalmente, muitas vezes são usadas em discurso para atacar uma direção
sindical, independente da ação e atuação combativa que ela tenha. Nega-se todo
o envolvimento e participação efetiva, em muitos casos como protagonista, que
nosso sindicato teve, ao longo desta gestão e de outras anteriores. E a
repetição de tais narrativas visa, obviamente, desqualificar quem esteja no
comando.
Ocorre que nosso
tempo, desde o começo da segunda década deste século tem sido marcada por um
comportamento que se denomina “pós-verdade”, ou a maneira como as pessoas
desejam acreditar em uma narrativa, não importando se a mesma é real ou
verdadeira. Mas sendo aquilo que a pessoa deseja ouvir, isso lhe basta. Não
buscando outra interpretação, ou até mesmo justificativa factual para aquilo
que está sendo deformado nessa narrativa. Por isso precisamos esclarecer muita
coisa.
Sabemos o quanto
nosso trabalho se tornou angustiante e tenso desde a pandemia da Covid. E o
quanto governos anteriores nos assacaram e nos transformaram, enquanto
categoria, e à universidade, naquilo que foi convencionado, pelos detratores,
de “guerra cultural”. Para além disso o próprio comportamento das pessoas na
sociedade foi capturado por esse mecanismo gerador de confusões, buscando na
insatisfação pessoal, muitas vezes geradas pelos próprios responsáveis por
narrativas absurdas. O ressentimento, a insatisfação pessoal com o seu próprio
desempenho, as situações geradas por endividamentos decorrentes da perda de
capacidade de consumo (isso pelo período de dois governos, seis anos, que não
tivemos reajustes), e outros sentimentos que se espalham pela sociedade, e
também na universidade, deixaram um caminho fértil para que as distorções da
realidade, e as mentiras transformadas como armas políticas, atingisse algum
objetivo.
Nós, da diretoria
do Adufg-Sindicato, sempre estamos aqui, dispostos a esclarecer quaisquer
dúvidas relativas à nossa gestão, ao nosso trabalho sério, e a honestidade com
que lidamos com os recursos arrecadados pelo sindicato. Naturalmente, temos um
escritório de contabilidade que cuida de nossas contas. Mas temos também, sob
contrato, uma empresa que faz auditoria independente em nossas contas. E para
não deixar nenhuma dúvida sobre como lidamos com nossos recursos, temos no
conselho fiscal uma representante da oposição, que participa nessas eleições
como componente de uma chapa nessa condição.
Durante esses três
anos, dessa nossa gestão, nos desdobramos, em meio às dificuldades de
mobilização, para estar presente nos atos, audiências públicas, reuniões no
parlamento federal, no Ministério da Educação e no Ministério de Gestão,
Inovação e Serviço Público, a fim de lutarmos por nossas demandas. Além de
inúmeras reuniões com a Reitoria. Nossos registros dessas presenças estão
publicados no nosso jornal e em nosso portal.
A ampliação do
espaço do sindicato, questionado pela oposição, que pouco usufrui do mesmo,
atendeu à necessidade de uma demanda sempre visível para nós, e que nos cabia
atender àquilo que os associados desejavam. Jamais procedemos a qualquer
modificação e ampliação em nossa estrutura, sem que isso não se devesse a
demandas e cobranças feitas pelos sindicalizados. Sempre preferimos investir
nossos recursos em patrimônios que atendessem à categoria, muito embora, pela
gestão responsável, jamais deixamos de disponibilizar recursos suficientes para
a luta política, e até mesmo para garantir às unidades e laboratórios, apoios
com recurso financeiro, solicitados por associados, por várias vezes, numa
situação em que a universidade se via impossibilitada de apoiar essas
atividades.
Por fim, o que tem
marcado como uma força proativa do nosso sindicato é o fato de contarmos com
uma base de apoio múltipla em sua composição. Nunca buscamos constituir
diretorias cujos membros sejam afinados somente com uma visão política de
mundo. A diversidade, seja de gênero, etnia ou ideológica, sempre foi marcante
na constituição das últimas diretorias do Adufg-Sindicato. Isso garante nossa
representatividade, organização, seriedade e a força necessária para
conduzirmos nossas lutas e lidarmos de forma responsável com o patrimônio que é
do nosso sindicato representativo das Universidades Federais, de Goiás, Jataí e
Catalão. Essa é uma diferença importante, dentre outros pontos relevantes, na
comparação com a oposição. Não somos uma “seção sindical”, de um sindicato
nacional, que abrange universidades estaduais, privadas e municipais. O
patrimônio do Adufg-Sindicato é dos professores e professoras sindicalizadas
dessas universidades. E sempre foi com esse espírito que expandimos nossos
espaços, seja administrativo ou de entretenimento: para servir aos nossos
associados e associadas. Isso pertence a todos e todas que buscam se
sindicalizarem e nos ajudam a conduzir esse patrimônio e essas lutas.
Somos coerentes
com o que apresentamos em nossos programas e planejamos executar, de forma
transparente e combativa. Por isso, é mais do que justo, que sigamos
fortalecendo o Adufg-Sindicato e prossigamos atendendo à professores e
professoras, que nos procuram e sabem que terão retorno em suas demandas.