quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A FALTA QUE VOCÊ ME FAZ

(*) Como faço sempre todos os anos, e em certas datas, escrevo um texto que me lembre minha filha que partiu em 2007, eternizando-se aos dez anos de idade. Resolvi fazer uma carta, como se ela pudesse ler estando apenas a passar alguns dias longe de nós. Aos meus amigos e seguidores do blog, peço paciência, pois uma das razões de tê-lo criado foi justamente dar vazão às minhas angústias de não encontrar respostas para tamanha perda. 

Minha querida Carol,
No dia 13 de dezembro, completam-se seis anos que você partiu, e nos deixou profundamente tristes e com um enorme vazio em nossas vidas. Não sei por quanto tempo sentirei esse enorme aperto em meu coração e essa saudade implacável que me faz chorar de vez em quando. Já não sei mais quantas vezes verti rios de lágrimas lembrando-me de você, de sua feição meiga, alegre, e da sua curiosidade juvenil que tanto nos alegrava.
Uma coisa minha filha eu aprendi, dentre tantas outras que ao longo desta carta eu estarei listando. Chorar tornou-se em minha vida quase que um hábito, forçado por essa circunstância da sua triste partida. Mas fui descobrindo com o tempo que era uma conseqüência dessa enorme relação afetuosa que o coração estabelece com o cérebro, pela qual nossos sentimentos nos conduzem, e das angústias deles vêem uma explosão de sensações que nos fazem derramar em lágrimas. É irrefreável, não nos cabe impedir, nem sufocar isso. Por isso choro sempre, e tanto quanto me lembro de você. E são muitas as vezes em que isso acontece. Como no momento em que escrevi esta carta um ano atrás, e até mesmo em dezembro de 2012, quando a atualizei. E ainda hoje, quando convivemos com as lembranças e tristezas que essa data nos traz.
Mas seu pai é ateu, e nunca escondeu isso de você, por isso não importa onde eu estiver, o que sempre acredito é que carregarei sempre você em meu coração e em minha memória. Portanto, você sempre estará perto de mim. Mas mesmo não tendo essas crenças, das quais você já se aproximava indo à igreja com sua avó, faço questão que todo ano nessa época, como você fazia substituindo seu avô, seja montada a árvore de natal. A sua árvore de natal, a mesma que você tão caprichosamente montou algumas semanas antes de começar a sentir-se mal e ser internada para nunca mais voltar a vê-la. Aquela árvore de natal, com suas luzes coloridas piscando, é um símbolo a mais a nos fazer chorar e nos lembrar de você.
Também desse hábito que adquiri, de sempre chorar, aprendi que somente uma coisa eu perco nesse gesto, as lágrimas. Mas não me importo, porque descobri também que tal qual a água, elas seguem em um ciclo eterno (eterno enquanto durar minha vida). Por mais que eu chore, as lágrimas sempre voltarão. Quando você estava entre nós, fisicamente, fiquei sabendo pelo oftalmologista que eu tinha um problema causado pelo uso constante do computador. Pela fixação permanente à tela os meus olhos haviam perdido parte da capacidade de “marejar”, como se diz usualmente. No dizer dele, eles não eram lubrificados como naturalmente deve acontecer, sendo necessário o uso de colírio, “lágrimas artificiais”. Pois bem, minha querida, não tenho mais esse problema. Mas eu preferiria ter de volta meus olhos secos, desde que você estivesse presente entre nós. Mas não é algo que eu possa escolher. Portanto, continuarei a lubrificá-lo com minhas lágrimas por toda a minha eternidade.
Nesse tempo “depois que você partiu”, (ah, minha filha, esse foi o título de um livro que escrevi e publiquei um ano depois da sua partida) muitas coisas mudaram em nossas vidas. Claro, a maior dessas mudanças foi não poder contar mais com a sua doce companhia, o que naturalmente esvaziou de alegria nossa casa. Até as birras entre você e o Iago é algo que sentimos muita falta, e que às vezes até nos divertia, eu até ria de algumas delas. Outras vezes eu ficava nervoso, eram coisas bobas, disputas infantis, que às vezes nós, adultos, nos impacientamos e nos irritamos com isso. Sinto uma enorme falta disso, minha filha, tanto que aprendi a ser muito mais tolerante com crianças. Nenhuma delas, nem um bando delas, é capaz de me impacientar. O que me deixa nervoso é ver alguém tratar alguma criança com brutalidade. Isso, minha filha, representa uma mudança em mim que eu devo a você.
Sei o quanto você gostava do Iago, e tinha orgulho dele. Pois você ficaria mais orgulhosa se estivesse aqui agora ao lado dele. Além de um rapaz inteligente, bonito, alegre e de uma enorme sensibilidade, tornou-se também escritor, blogueiro, quase historiador e uma destacada liderança estudantil, estando à frente do Diretório Central dos Estudantes da UFG. E também se tornou um tocador de violão. Acho que a solidão da sua partida influenciou nisso. Nunca conversei com ele sobre isso, mas quando ele ler o que estou escrevendo vai saber o que eu pensava. Por isso gosto de ouvi-lo tocar violão. Imagino que se você estivesse aqui poderia estar seguindo na mesma direção, mas a certeza mesmo que tenho é que vocês estariam disputando o computador com muito mais intensidade. Eis outro conflito que eu teria enorme prazer de voltar a ver, minha filha.
Minha querida, sempre fico a observar as meninas com 16 anos de idade. Tento ver em algumas delas características que você teria, pois seria essa a sua idade hoje. Pelo que lhe conhecemos nos 10 anos em que estivestes conosco, posso assegurar a quem me perguntar que você seria uma líder. Um pouco disso que digo é o velho sentimento paterno, ou como popularmente chamamos, “corujice”, mas é também por ver no Iago um pouco das características que víamos em você.
Carol, quisemos deixar marcada essa sua passagem por essa “dimensão”, como certamente diria alguns que acreditam que você ressurgirá em outra vida. Mas procuramos também uma maneira de poder ter sua imagem sempre presente, refletida em algo que trouxesse alento aos nossos sofrimentos, e que contribuísse para aglutinar pessoas em objetivos nobres, altruístas. Talvez ao ouvir essa palavra você perguntasse o que significa, como muitas vezes fazia. É como nós aprendemos a compartilhar nossas experiências, nossos esforços, com outras pessoas, possibilitando a elas, e a nós mesmos, sobrevivermos diante das dificuldades: Solidariedade.
Para isso, minha filha, criamos um Instituto que leva o seu nome: Instituto Ana Carol (IAC) e uma Cooperativa de Bordadeiras e Artesanato chamada BORDANA.
São homenagens a você, minha querida, que tem o objetivo de contribuir com outras pessoas, para retirarmos delas o que elas possam ter de melhor. Em prol de um bem comum. Sua mãe é a presidente do Instituto e da Cooperativa, e se dedica com afinco a transformar os seus sonhos através dessas instituições. Pois foram os seus desenhos, que você fazia e os coloriam com tanto esmero, e o seu desejo de ser estilista, que serviram de inspiração para esses projetos.
Muitos amigos tem nos ajudado. Os amigos que já tínhamos, e que sempre estiveram ao nosso lado nesses anos e foram importantíssimos em nossas vidas, para superarmos todas as adversidades e o enorme sofrimento causado por sua partida. Mas também outros amigos, que surgiram solidariamente a partir desses projetos e que hoje são além de amigos, colaboradores, e responsáveis pelo sucesso que o IAC e a BORDANA estão alcançando. Mas só estamos começando filhinha, são quatro longos anos sem você, uma eternidade, mas poucos anos para transformarmos seus sonhos em alicerces que possam sustentar vidas que ficaram por aqui e precisam de apoio e solidariedade. Do pouco que podemos oferecer para tantos que precisam.
Agora que o Instituto Ana Carol já está devidamente registrado, sua mãe iniciou um novo desafio, atrair os jovens do nosso setor para participar de projetos que os envolvam e possam se distrair e se preparar para os desafios e complexidades dessa sociedade que você deixou por aqui. O Iago sempre que pode participa. 
Da mesma forma ela se envolveu, ao lado do seu professor de Badminton, Saulo, na criação da Federação Goiana de Badminton. Ele já coordena um projeto de inclusão de jovens, incentivando-os a participar de um esporte que você tanto amava. O IAC já participa da Federação, e a sua mãe é a vice-presidente. O objetivo, minha filha, é também evitar que mais jovens se deixem levar pelo consumo de drogas e caiam nas mãos de traficantes, algo que está tomando proporções assustadoras. 
São muitos, querida Carol, os garotos que atraídos por essa armadilha, alguns da sua idade, cujas vidas já estão praticamente perdidas pelo uso de drogas pesadas, como o crack. Uma droga que destrói rapidamente a pessoa e transforma jovens em “trapos”, sem passado, sem presente, e, obviamente, sem futuro. Estão mortos, sem terem morridos, vivem, sem terem uma vida, são mortos-vivos a perambularem pelas cidades. Para a maioria deles, só resta a solidariedade de alguns para amenizar seus sofrimentos. São poucos os que conseguem escapar do inferno em que foram metidos.
Desculpe, minha filha, falar desse jeito. Mas uso a palavra “inferno” como uma metáfora, para demonstrar com força que não pode haver algo pior do que definhar nas ruas, consumidos por uma droga tão terrível. Só a morte. Sabemos como é ver uma filha partir, nos deixar, consumida pela leucemia, uma doença perversa contra a qual não tivemos tempo de lutar. Sentimos ainda, e seguiremos sentindo por muito tempo, a dor de não tê-la em nossos braços, de beijá-la como sempre fizemos, de ver seu rosto abrir-se em um sorriso meigo ou nas risadas gostosas que até hoje ressoam em nossos ouvidos. Ouço-as sempre, principalmente quando olho para uma foto que tirei de você na praia de Itapoã, em Salvador sobre as pedras molhadas pelas águas do mar. E é inevitável, vejo-a todos os dias. Ela enfeita a parede de nossa sala, transformei em um enorme quadro que transborda dialeticamente, nostalgia e alegria. Saudades. Essa é a palavra que significa quando temos o prazer de lembrarmos-nos de alguém, ficamos alegres por isso, e sentimos tristeza por não tê-la ao nosso lado.
Assim, minha filha, esse sentimento nosso é praticamente o mesmo daquelas mães e pais que perdem seus filhos para o submundo das drogas, que se dissipam em névoas e desaparecem da vida, tornando-se zumbis, sem nomes, sem casas, sem almas. Sentimos dor em nossos corações diante dessas situações, e diante disso, motivados por sua imagem, pelo que você significou para nós, tentamos fazer alguma coisa, em seu nome e pelo que determina nossas consciências, senão para resgatarmos aqueles, pelo menos para evitar que outros possam seguir em direção aos mesmos abismos. Isso é o que queremos filha. Contribuir para amenizar, pelo menos um pouco, desse dilema que vivem os jovens neste sistema injusto.
Você sabia minha querida Carol, que nossas vidas sempre foram dedicadas a uma luta para conquistar outro tipo de sociedade, mais justa, mais solidária, de comum união. Em algumas atividades que participamos, enquanto viveste, você nos acompanhou, e até mesmo gostava de se entrosar em meio aos nossos amigos de luta, camaradas e companheiros, do PCdoB, alguns que já haviam se afastado da militância partidária – como eu me encontro neste momento, muito pelo impacto da sua partida – outros que já estão em outros partidos, mas com os quais mantemos a mesma amizade; da Adufg, quando seu pai era presidente, pouco antes de você partir; do Centro Popular da Mulher, que sua mãe participa, inclusive como diretora; e da Associação de Moradores da qual ela também já foi presidente.
Portanto, minha filha, você já carregava em suas veias essa genética solidária, mas nessas mesmas veias se formava também essa trágica doença. Quando você foi tirada de nossas vidas pela leucemia, por um tempo fiquei desnorteado. Vou me reencontrando aos pouco, mas tento, lentamente, me recompor. Mas seguramente não sou mais o mesmo, embora aos poucos tenha recuperado a alegria de viver - mesmo com a tristeza de não tê-la ao nosso lado - por compreender que viver é a única maneira de poder me lembrar de você.
Esse projeto, no entanto, foi como uma vela içada em um barco sem rumo. Nessa vela sua imagem foi projetada e alguns ventos soprados nos davam a impressão de que você ajudava a empurrar-nos nesse barco, como a nos dizer que sua vida estava em cada um de nós, como uma parte que se fragmentou, transformou-se em cristais coloridos a disputar o espaço com alguns arco-íris que de vez em quando aparecem. Vieram soprados pelo vento e nos dão ânimo para enfrentar o soçobrar das águas, em ondas que vão e vêm, e que já não me alegram mais como aquelas de Itapoã, mas que suas lembranças me ajudam a encarar como um desafio. Sua mãe é a timoneira deste barco, é a grande responsável pela consolidação desse projeto, e suas forças advêm da crença que você está ao lado dela permanentemente. Com o tempo, aprendi também a sentir sempre a tua presença ao meu lado.
Minha linda Carol, eu não conversava com você, em função de sua idade, tanto quanto converso hoje com o Iago sobre esses assuntos, que dizem respeito às injustiças de um mundo movido por ganância, violência e intolerância. O lucro e o “sucesso” a ser obtido a qualquer preço tem tornado as pessoas insensíveis. Não que a maioria delas tenha perdido por completo a sensibilidade. Mas porque a sociedade tornou-as assim nos cabe tentar fazer um pouco de sacrifício para não somente criticar o mundo, mas nos esforçar para que as pessoas retomem seus sentimentos solidários e assim acreditemos ser possível mudá-lo. Fico feliz ao ver as idéias de Iago expressadas no blog que ele criou e denominou “universo ao seu redor”, e o sentimento de justiça e solidariedade que ele já carrega, embora o tempo da universidade impeça ele de escrever com mais frequência.
Vou terminar minha filha, porque já me estendi bastante, e já se passam uma semana desde quando comecei a escrevê-la e a sempre reeditá-la. Por várias vezes parei interrompido pelas saudades e as lágrimas que me impediam de prosseguir. Afinal, foram por quinze dias como esses em que redigi as primeiras linhas dessa carta, cinco anos atrás, desde quando uma pneumonia mal diagnosticada nos fez correr por vários consultórios, até que entre os dias 10 e 13 de dezembro daquele ano de 2007, começamos a perdê-la. Em parte pela inépcia de médicos que só são capazes de diagnosticar o que está restrito a sua formação. É o preço que pagamos, filha, pelo caminho da especialização, e da falta de conhecimento da totalidade do mundo e dos problemas que nos cercam. Até porque neste sistema em que vivemos é mesmo impossível isso, mas seguimos lutando contra essa lógica absurda.
Em seu nome, minha filha, e por nossos valores, nos dedicaremos o quanto pudermos a esses objetivos, tendo o Instituto Ana Carol, como a corporificação de seus sentimentos, de sua inocência, de sua imagem, e como um instrumento que procuraremos fortalecê-lo a somar com tantos outros surgidos também de sofrimentos semelhantes, como a recompor sua vida em cada um de nós e, pouco a pouco, prepararmos nossos caminhos para nos reencontrarmos em alguma outra dimensão.
Você, minha querida Carol, estará conosco para sempre, e seus dez anos de idade multiplicaremos pelo tanto de tempo que nos restam e os viveremos com toda a intensidade que nos for permitido, e do que conseguirmos transgredir além das nossas forças. Para que possamos sempre nos mirar na sua memória e dizer: Minha filha valeu a pena você ter vivido.
Beijos de seu pai. 

(*) Essa "carta" foi escrita em 2010. Algumas partes foram atualizadas  para prosseguir divulgando-a em 2011, quando se completaram cinco anos de quando nossa Carol partiu e agora, em 2013, no dia 5 de março, quando ela completaria 16 anos de idade. Pouca coisa mudou nesse tempo, mas quase tudo desse pouco que mudou, tem a ver com o avanço da Bordana, e do Instituto Ana Carol. Embora com todas as dificuldades, e o esforço dedicado de Celma, suas parceiras e colaboradores, esses dois projetos se consolidaram. Mas ainda faltam recursos suficientes para garantir uma estrutura que atenda suas demandas. Mas seguimos lutando. E vamos conseguir. Em memória da pequena Carol. Goiânia, 13 de dezembro de 2013.

19 comentários:

  1. Meu querido Romualdo,
    Todas as vezes que leio suas cartas choro de imaginar o sofrimento que você está passando e isto me faz compreender a importância de amar ainda mais os meus filhos e netos.Um grande abraço,
    Renato Maurício.

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  2. Velho amigo,valoroso camarada,
    Tem dor que é tanta, que não cabe dentro da gente,então, é preciso partilhar, socializar com que aqueles que nos têm amizade e amor. Leio tua carta, me emociono contigo,mas presinto que vai chegar a hora na qual a memória de tua grande menina, vai te fazer sorrir. Onde ela estiver eu sei que é isso é o desejo dela.
    com o afeto de sempre,
    Adalberto Monteiro

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  3. "Um homem não morre quando deixa de existir, e sim quando deixa de sonhar." (Anônimo)

    Ou melhor, sua filha está viva, pois como você disse que ela estava crescendo seguindo o caminho da solidariedade, talves esse Instituto Ana Carol (IAC) e a Cooperativa de Bordadeiras e Artesanato fosse um dos sonhos dela que vocês estão realizando. E como ela sempre está sonhado, esses projetos maravilhosos serão cada vez melhores.

    "Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade." (Raul Seixas)

    Por isso esse sonho já é realidade...

    De uma aluna que te admira muito, Geymme Shyrley.

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  4. Amigo Mukail,

    Nos últimos três anos vivi momentos de muita alegria e de muita tristeza. Ao longo da leitura de sua carta, viajei no tempo com paradas nos fatos mais marcantes da minha vida desde o dia 13/12/2007.

    Fiz, em especial, um balanço da quantidade de pessoas muito queridas que perdi. Só para destacar alguns: além da Carol, uma sobrinha, três amigas, minha benzedeira e, no último dia 12/10/2010, um super-amigo (mais que isso). Todos eles "gente do bem". Ainda choro por todos eles. Meu peito dói de saudade.

    Mas, caro amigo, certamente essa dor é incomparável a sua! Impossível dimensionar ...

    Pensar que, ainda assim, você, Celma e Iago transformam esse sofrimento em ações construtivas! báhhhhh

    Tenho muito orgulho de ter vocês na minha lista de amigos.

    Um forte abraço,

    Isa'

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  5. Romualdo, sinto muito pela sua perda e pela dor que você cultiva. Talvez se você tivesse a certeza, como eu tenho, de que a vida continua e que reencontrarei aqueles que amo, você seria feliz novamente. Um abraço! Seu ex-aluno
    Wanderley Vicente.

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  6. Querido professor, fiquei muito emocionada com sua carta. Acredito que sua filha, onde ela estiver, esteja muito orgulhosa de você e de toda a sua famíla, por terem transformado dignamente sua dor em alegria para centenas de outras pessoas. Um grande abraço a todos!

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  7. Velho Muca,

    evito ler os seus textos sobre a Ana Carol, tenho dificuldades em lidar com uma "dor tão pungente", para citar o Gonzaguinha que você tanto gosta. Me emociono muito. Choro um choro silencioso, contido, doído.

    Um forte abraço Amigo.

    Anselmo.

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  8. Grande Romualdo,
    Esta dor vai acompanhar a gente pra sempre...
    Mas gosto de ver saindo do fosso... é isto mesmo: a vida continua, com suas dores, suas faltas...
    um abraço
    Fernando

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  9. Oi Romualdo.
    Acompanhei seu sofrimento e embora não seja mais presente sempre penso em você, não sei como é a sua dor afinal ela é sua somente você sabe o que realmente passa em seu coração. Mas de coração como eu li nesta carta que não conversa com o Iago sobre este assunto, não sei da dor dele também, mas é tempo de vocês se ajudarem e conversar pode ajudar.
    Gosto muito de você e mesmo que não acredite peço a DEUS por você e por sua familia.
    GRande abraço

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  10. Viajei com você. Muitas lembranças, muitas saudades...
    Sua carta é linda e me emocionou muito.
    Esse trecho foi o que mais tocou o meu coração: "...como a recompor sua vida em cada um de nós e, pouco a pouco, prepararmos nossos caminhos para nos reencontrarmos em alguma outra dimensão."

    Muita paz!

    Bj.
    Ana Cristina

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  11. Apesar de ter participado pouco da vida da CAROL,ela marcou muito a minha vida,a alegria dela no consultorio e o carisma ainda estao em minha mente.Senti uma dor profunda com a perda dela ,,rezo sempre por voces.HILCEY.

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  12. Caro Romualdo, estava até há pouco padecendo do mesmo mal que seu médico havia diagnosticado em seus olhos. Já não mais. Suas cartas expressam valores que todos pais deveriam seguir. Lembro-me de sua dificuldade para percorrer o grande trajeto para levar ou buscar as crianças na escola. Que sempre sejamos pais ocupados com essa doce tarefa. Você e a Celma escolheram a melhor forma para demonstrar seu amor, a solidariedade. Parabéns.

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  13. " O contrário da morte, não é a vida. O contrário da morte é o nascimento, porque a vida é eterna"
    Não os conheço pessoalmente, mas fico feliz em saber que a vida de Ana Carol é reverenciada a cada dia nos projetos desenvolvidos e que são luz para tantas outras vidas. Paz e Luz

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  14. Romualdo,por um acaso entrei em seu email e descibrie sua rede de comunicação. Comecei a ler seus artigos e logo vendo que eram de grande valor e profundo pela intelectualidade que lhe compete. Isso em todas as áreas, política, filosófica, social da sociedade em geral. Já me despertei bastantes nas questões do brasil e do mundo navegando nestes textos. Interessantíssimos, parabéns. Agora no que se refere a perda de sua filha Carol, apesar de não lembrar talvez por ficármos tanto tempo sem nos comunicármos, talvez nem tenha conhecido, pelo relato e as fotos dar para perceber o quanto era amada por todos. Quero de dizer que quando comei a ler a carta referindo-se a ela não foi possível conter minhas lágirimas, até por que tenho um filho de 13 anos e no texto você dar uma grande lição a muitos pais que às vezes não valorizam os filhos que teem. Parabéns mais uma vez. Estou com vocês para compartilhar no que for necessário. Eu sei como é essa dor. Aproximadamente 5 anos tive a perda de uma pessoa que amava e confiava que era meu pai, nunca mais eu a mesma pessoa. Mas aos pouco estou me recompondo, graças a família e os amigos que ajudam a nos fortalecer para a vida que temos a enfrentar. João Machado - Vigilante - Camarada

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  15. Romualdo, que Deus continue te dando graça para você seguir em frente. Nunca desista de ser feliz e fazer os outros felizes, pois nossa vida é passageira e uma das coisas que levaremos conosco para a outra vida é amor e a satisfação de ter feitos algum feliz.
    Abraço,
    Sueli Alexandre

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  16. Meu querido amigo, desculpe ,não consegui ler toda a carta,uma de minhas meninas,fez 10 anos em setembro outra 6 em novembro,lendo sua carta reportei-me a minha rotina com minhas duas filhas ,nada diferente do q vc ali escreve,não tenho problemas de lubrificação,nos olhos,mas tive excesso de lagrimas,e não consegui ler mais nada,não consigo me imaginar na sua posição não sei onde encontra forças,não saberia eu escrever para acalentar minha infinita dor,por isto vivo minuto a minuto cada gesto cada olhar de minhas MENINAS inspirado em cada palavra que escreves no teu livro ,obrigado a você a Selma i o Iago por esta Lição de vida!!

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  17. Olá!
    Conheci o seu Blog já faz um ano, em meio a procura desenfreada por algo que retirasse a angustia que sentia por momentos de solidão e desapontamento pelos meus fracassos... O primeiro texto que li foi "CARPE DIEM - APROVEITE O DIA, CONFIA O MÍNIMO NO AMANHÃ", eu estava procurando algo que desse sentido a minha vida, algo que fizesse sentir melhor... Naquele dia seu texto mim fez refletir muito sobre a vida, só como eu estava muito atordoado com algumas situações só copiei o seu texto e o salvei em meu computador para ler em momento mais oportuno... Eu mal pude apreciar toda a riqueza que contia naquelas palavras... Hoje revirando o meu computador encontrei o seu texto (CARPE DIEM - APROVEITE O DIA, CONFIA O MÍNIMO NO AMANHÃ), fiquei muito emocionado ao lê-lo mais atento, como eu não tinha salvado com o endereço do seu blog, procurei desenfreadamente o autor deste lindo texto, em fim o encontrei. Guiado pela curiosidade queria conhecer mais sobre o insigne autor e encontrei essa carta... "Sinto muito pela sua perda", -você poderia até se perguntar como uma pessoa que não mim conhece pode sentir alguma coisa pela minha perda?!- você é muito bom com as palavras e pude senti-las, quando li a sua carta é como se o Srº estivesse mim contado pessoalmente, parece até que estava vendo as suas lagrimas escorrerem no seu rosto, isso mim tocou profundamente, tanto que chorei desenfreadamente, tive que parar no meio do texto para lavar o meu rosto, pois não havia possibilidade de continuar... Lamento muito pela sua perda, embora não tenha passado pela mesma angustia pude sentir um pouco da tristeza que Srº senti através de suas palavras...
    Gostaria de dizer uma pequena coisa: "Nada acontece por acaso, tudo há um proposito..." Sua filha morreu para salvar outras vidas, apesar de não conhecer o seu projeto, vejo através dele o bem que faz a muitas pessoas, talvez o Srº não tenha percebido, mas através de um acontecimento ruim muitos outros bons nasceram... Não quero que o Srº ache que a vida de sua filha valha menos que a das outras pessoas, pelo contrario, "elá é tão significante que através de uma foram salvas muitas outras" entre elas a minha... Eu sei que o Srº é ateu, eu fui criado num ambiente onde minha mãe mim levava todos os domingos a igreja, quando estava perto deles eu sentia até raiva, porque queria sair com os amigos, mas não podia sem antes ir a missa, mas hoje sinto o quanto isso mim ajudou, hoje distantes deles Deus é o meu melhor companheiro, sempre que precisei ele tem mim ajudado... Lendo essa carta lembro-me de um episodio bíblico, quando "Jesus morre para salvar toda a humanidade"... A VIDA DE SUA FILHA SALVOU VIDAS, SALVA E IRÁ SALVAR MUITAS OUTRAS.


    Obrigado por tudo.
    Wilham Dagmar (dagmawill@hotmail.com)

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  18. Marcos PerobaFeb 10, 2012 02:13 PM

    Prezado Romualdo: Pesquisando sobre a aurora boreal, tive o prazer de acessar seu blog e essa história de sua querida filhinha me emocionou muito.Entendo o quanto você se sente por perder na morte um ente querido tão especial como sua Carol.Sou Testemunha de Jeová e é com lágrimas querendo descer nos olhos é que estou te escrevendo para te dar algumas palavras de consolo e esperança de que em breve você poderá ver, abraçar, beijar sua Carol.Porque te digo isso com tanta convicção?- É porque acredito em Deus e na sua palavra a Bíblia. A Bíblia esclarece que Deus originalmente não tencionava que as pessoas morressem. Nós fomos criados para viver eternamente, indefinidamente... e é por esse motivo é que não aceitamos a morte como natural. O propósito de Deus quando criou o Homem era que eles vivessem eternamente na terra com saúde perfeita, sem doenças. A terra seria um Paraíso , belas paisagens, flores, animais, tudo em perfeita harmonia para nós usufruirmos.A condição para viver no Paraíso era que eles deveriam seguir as instruções de Deus como Criador que eram somente coisas para o nosso bem.Mas, infelizmente nossos primeiros pais, Adão e Eva, optaram por seguir um proceder independente de Deus e isso resultou na imperfeição do ser humano. Com isso entrou o pecado no mundo e como consequência a morte.Devido a esse detalhe, como se fosse uma doença genética, toda geração que surgiu após Adão e eva nasceram imperfeitos, sujeitos a doenças e a morte.Mas no seu infinito amor , bondade e misericórdia, Deus tomou providências para corrigir essa situação, pois ele não achou justo que pessoas inocentes que nasceriam após esse episódio,tal como sua querida filha Carol, não tivesse nenhuma oportunidade de mostrar obediência.Aí entra o papel de Jesus Cristo. Resumindo: Adão e Eva nos venderam como escravos ao pecado e a morte. Jesus pagou o preço para nos resgatar da escravidão ao pecado e morte!Mediante o sacrifício resgatador de Jesus cristo, todos nós seres humanos temos a esperança de vida eterna. Como fica então a situação de sua filha carol, à luz da Bíblia?- Jesus comparou a morte a um sono profundo. Sua filhina hoje pode se dizer que está dormindo um sono profundo, tranquilinha, em paz, sem dor.Mas esse sono não é eterno! Jesus deu a garantia de que em determinado momento nesta vida ,os mortos voltarão a viver. Ele deu a garantia de que todos aqueles que estiverem na memória de Deus irão ser ressuscitados, ou seja, os merecedores herdarão as bençãos de poderem usufruir de uma vida perfeita, sem doenças, sem dor , sem a morte. Pode ter certeza de que sua Carol vai voltar a viver! Quando morre uma criança, é especialmente doloroso para um pai e uma mãe. A Bíblia reconhece o amargo pesar que um pai pode sentir. Quando o Rei Davi perdeu seu filho Absalão ele exclamou que preferia ter morrido em seu lugar. O pesar é algo natural, caro Romualdo.Mas pode confiar: a esperança da ressurreição nos conforta, nos anima, nos faz ver de que haverá uma "Nova terra" aqui mesmo, onde poderemos usufruir da companhia de nossos entes queridos que faleceram e voltarão a viver. Lembre-se, fomos criados para viver e não morrer...morte não é coisa natural! Deus não marca hora para alguém morrer e nem é desamoroso para levar criancinhas para o céu e deixar os pais tristes na terra.Pode ter certeza de que sua Carol está na memória de Deus e ela será uma das privilegiadas com a resurreiçao de vida no Novo mundo que se aproxima. Se você desejar saber mais detalhes a respeito dessa maravilhos esperança que JEOVÁ nos dá e QUANDO ELA VAI SE TORNAR REALIDADE, poderá contatar uma Testemunha de Jeová na sua localidade ou acessar nosso site: www.watchtower.org. Abraços e felicidades e que Jeová te abençoe e o fortaleça!Marcos- Juiz de Fora-MG

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  19. O amor que move o mundo é eterno e nunca morre em que ama de verdade!
    Obrigada querido professor, por partilhar teu amor conosco!
    Abraços de sua eterna aluna Janaina Pires.

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