Quero
me dirigir por meio deste artigo em meu Blog Gramática do Mundo, especialmente
aos docentes da UFG, professoras e professores, tanto aos que participaram do
plebiscito que definiu pela greve por tempo indeterminado, quanto aos que não
participaram por alguma razão.
Após comunicado que será feito à reitoria, obedecendo os trâmites jurícos que são exigidos, a data marcada para o início da greve é dia 07 de maio.
Temos na UFG 2.124 docentes em atividade. Destes 1.575 são filiados ao Adufg-Sindicato, além de 800 aposentados. O resultado do plebiscito indica a ausência de 873 colegas que não opinaram sobre a greve. Trocando em miúdos o percentual dos que votaram a favor da greve é 29,47%.
Mas,
do ponto de vista legal, estatutário e democraticamente legítimo, o que importa
é o quantitativo de 50%+1, dos votantes, que definiu o resultado do plebiscito,
além de considerarmos uma participação significativa para os padrões do
movimento em nível nacional. É nisso que pelo aspecto legal temos que nos mirar
e focar a luta. Muito embora essa matemática do número de votantes seja
importante, porque nos indica a necessidade de dialogarmos ainda com colegas
que não votaram, porque, naturalmente, devem obedecer à decisão democrática,
não importando o resultado, diferença ou não votantes. Além de também nos
indicar o caminho pelo qual devemos seguir, estrategicamente, na condução do
movimento, atentando para algumas diferenças em relação ao modelo de
organização que tínhamos anteriormente.
Agora
o ADUFG é um Sindicato, com abrangência para todo o Estado de Goiás, incluindo
aí além da Universidade Federal de Goiás, a Universidade Federal de Jataí e a
Universidade Federal de Catalão, que pelo que rege nosso estatuto têm a
autonomia para decidirem se entram, ou não em greve. No caso do plebiscito ao
qual me refiro e aos encaminhamentos que devemos fazer, diz respeito à UFG.
Mas
o que nos diferencia hoje, da forma como lidamos com greves no passado?
Exatamente o fato de sermos um Sindicato local, e, portanto, não estamos
vinculados a um “sindicato nacional”. Até porque, nossa vinculação estatutária
é ao PROIFES- Federação. E isso diz muito sobre a forma como será conduzido o
nosso movimento grevista. Para além do que esperneia setores de oposição, o que
faz parte da democracia.
Mas
a diretoria do Adufg-Sindicato não irá abrir mão da condução da greve, e muito
menos da definição quanto às formas de encaminhamentos das questões diretamente
ligadas ao movimento. Afinal, foi para isso que fomos eleitos, e estamos
atentos e refratários a qualquer tentativa golpista de usurpar nossos comandos.
Seguiremos conduzindo as ações de conformidade com nossa prática política,
aprovada pela maioria dos sindicalizados, professoras e professores, que
elegeram nossa diretoria.
Outro
fator nos diferencia de momentos passados. Estamos hoje vinculados a uma
Federação, o Proifes, e não mais ao Andes, pelo simples fato que somos tão
sindicato quanto aquele que se diz “nacional” embora não seja. Portanto, pela
própria organização nossa, não teremos “Comando de Greve Local”, visto que as
ações aqui na UFG serão organizadas e dirigidas pela diretoria do
Adufg-Sindicato. Da mesma forma, não enviaremos representante a nenhum “Comando
Nacional de Greve”, visto que a forma de organização da Federação é
diferenciada. Mas teremos, sim, por indicação da diretoria, representação nossa
em Brasília, além dos diretores da Adufg que já fazem parte do Conselho de Representantes, outras pessoas que possam contribuir nos encaminhamentos necessários junto ao PROIFES e aos
demais sindicatos que fazem parte da Federação, alguns dos quais em
universidades que também definiram por entrar em greve.
É
importante salientar que não paramos as negociações. Por meio do
Proifes-Federação foi encaminhado na terça-feira (31/04), um ofício ao
Ministério de Gestão (MGI), uma nova proposta, que avança em relação ao que o
governo apresentou, com indicação de um percentual de reajuste em 2024, e
modificação também para os anos seguintes. Isso pode ser verificado por meio do
site do Proifes Federação, acessando link: https://proifes.org.br/proifes-entrega-ao-governo-nova-contraproposta-de-reajuste-e-reestruturacao-de-carreira-do-magisterio-superior-e-ebtt/.
Assim,
refirmamos nossa prática democrática de negociar, e garantiremos nossa
paralização, conforme decisão da categoria por meio da maioria dos votantes no
plebiscito, e seguiremos firmes na luta, de conformidade com o que nos foi
delegado pelo conjunto das professoras e professores da UFG, entre os que estão
em atividades e os que já se aposentaram, e que mantém suas filiações ao
Adufg-Sindicato. Tão logo recebamos resposta do governo, por meio da mesa de
negociação, chamaremos imediatamente a Assembleia Geral, para definir sobre a
aceitação ou não da proposta, e, naturalmente, continuidade ou não da greve.
A
LUTA CONTINUA!!
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